O bloqueio de R$ 14 bilhões no Orçamento previsto pelo governo seria uma operação corriqueira de administração financeira da União se não misturasse três das características mais deletérias da gestão Jair Bolsonaro: o descaso com as necessidades reais do país, o oportunismo eleitoreiro e as obsessões ideológicas.
Admitamos, apenas à guisa de argumento, que seja mesmo necessário dar o reajuste linear de 5% que Bolsonaro prometeu ao funcionalismo público — algo que está longe de consensual. De onde tirar o dinheiro? Qualquer gestor minimamente capaz bloquearia as emendas do relator, o famigerado “orçamento secreto” estimado em R$ 16,5 bilhões neste ano. Não foi o que Bolsonaro fez, para não desagradar a sua base parlamentar do Centrão. Em vez disso, demonstrando seu descaso com as necessidades do Brasil, resolveu cortar em áreas essenciais como Educação, Saúde e Ciência e Tecnologia.
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