A Secretaria Regional da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência no Amazonas (SBPC-AM) fará uma reunião no Museu da Amazônia (Musa) do Largo São Sebastião, no Centro de Manaus, às 17h (horário local) desta quarta-feira, 22 de maio, para discutir o posicionamento amazonense frente aos contingenciamentos de verbas para as universidades federais, anunciados pelo Ministério da Educação (MEC).
“A gente está congelando bolsas em um país que não tem o número de doutores que deveria”, argumenta Sanderson Oliveira, membro da SBPC.
Em carta apoiando as manifestações que tomaram as ruas na última semana, a Secretaria Regional fala que a promoção de educação e ciência, assim como o respeito aos direitos humanos e ao meio ambiente são deveres do Estado, instituídos na Constituição Federal.
“É importante frisar que estados como o Amazonas tem doutores muito abaixo do que São Paulo tem. Quando você olha para o espaço local, vê que ainda se precisa de muito mais incentivo e a gente está desmontando o pouco que se conseguiu nos últimos 70 anos, com construção de CNPq, Capes e toda essa estrutura de pesquisa que se tem hoje e que está sendo atacada violentamente. Até poucos anos a gente tinha um cenário que estava começando a ser referência na América Latina, a ter respeito internacional e agora o que tem se falado é que é desnecessário”, frisa Oliveira.
Ufam e Ifam
A Ufam teve R$ 38 milhões do orçamento bloqueados após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ter anunciado no início do mês, o contingenciamento de 30% nas verbas de todas as universidades e institutos federais brasileiros em um total de R$ 7,4 bilhões em cortes. Com a medida, o Ifam teve R$ 26,6 milhões do orçamento bloqueados.