A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) se une à Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e outras organizações para denunciar o incessante massacre dos povos indígenas e endossar as demandas por políticas que ponham termo a esta violência, protegendo as pessoas, vidas, terras, saberes e práticas dessa população.
“Denunciamos, em especial, a leniência que tem sido demonstrada pelo Poder Executivo Federal na defesa dos povos indígenas, de suas terras e costumes, contra ameaças que crescem, fruto da ganância e do preconceito, que por sua vez têm sido tolerados pelo governo atual”, escreve a SBPC em nota assinada pela sua Diretoria (veja o documento na íntegra neste link).
Nesta quinta-feira, 15 de setembro, a ABA publicou a carta “Setembro 2022: Violências e assassinatos, quem são os responsáveis?”, na qual pede urgente proteção, justiça e o fim de ataque às terras indígenas.
A Associação denuncia o “aumento vertiginoso de assassinatos de pessoas indígenas em nosso país” e descreve na carta a crescente de violência nas últimas semanas, desde o dia 3 de setembro, quando três indígenas do povo Guajajara foram mortos no Maranhão, e um outro baleado. E no dia seguinte, um jovem de apenas 14 anos, do povo Pataxó, foi assassinado e outro, de 16 anos, ferido, ambos por armas de fogo. “Foi um final de semana extremamente violento”, afirma a ABA, acrescentando ainda outras denúncias de associações indígenas de ataques de pistoleiros e milicianos armados no extremo sul da Bahia.
“A ABA considera que as práticas de violência seguidas de mortes bem como o ataque a terras indígenas devem ser objeto com urgência de um inquérito bem como do estabelecimento da proteção devida aos povos indígenas referidos. As investigações e a proteção necessária a esses povos devem ser encaminhadas ao Ministério da Justiça e a 6ª Câmara da PGR com a rapidez e efetividade necessária”, escreve na carta.
Acesse os documentos:
Carta-denúncia da ABA está disponível neste link.
Nota da SBPC pode ser acessada aqui.
Jornal da Ciência