A SBPC enviou ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, uma moção de repúdio às ações estratégias do agronegócio implementadas na Região Ecológica dos Babaçuais que implicam no impedimento do acesso aos recursos naturais de uso comum dos povos e comunidades tradicionais. O texto pede que se estude um modelo alternativo ao atual imposto à Região Ecológica dos Babaçuais, o qual vem demonstrando alta incompatibilidade com os modos de vida tradicionais e autossustentáveis.
Segundo o texto, o avanço do agronegócio, consorciado com agroindústrias e projetos de infraestrutura tem resultado em atos de violência contra esses povos e comunidades tradicionais, atingindo, particularmente, as mulheres quebradeiras de coco babaçu que convivem cotidianamente com agressões físicas e verbais, ameaças de morte, estigmatização e pressões psicológicas como forma de intimidar a mobilização política e o livre acesso aos babaçuais.
A moção foi aprovada pela Assembleia Geral Ordinária de sócios, realizada em 25 de julho de 2019, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande, por ocasião da 71ª Reunião Anual da SBPC. O documento também foi encaminhado aos governadores do Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí.
Confira o texto na íntegra aqui.
Jornal da Ciência