SBPC envia a instituições americanas manifesto contra restrições à mobilidade de cientistas

No documento, encaminhado nesta segunda-feira, 20, a SBPC ressalta que a ciência é um esforço universal, baseado no intercâmbio de ideias, projetos e realizações, de cientistas e estudantes, e a interrupção desse fluxo pode ser muito prejudicial ao seu desenvolvimento

No documento, encaminhado nesta segunda-feira, 20, a SBPC ressalta que a ciência é um esforço universal, baseado no intercâmbio de ideias, projetos e realizações, de cientistas e estudantes, e a interrupção desse fluxo pode ser muito prejudicial ao seu desenvolvimento

A SBPC encaminhou nesta segunda-feira, 20, cartas a instituições científicas e governamentais norte-americanas e às revistas Science e Nature, as maiores publicações científicas no mundo, na qual declara seu total apoio a todas as organizações que estão publicamente em pé contra as restrições impostas pelo governo dos EUA à livre mobilidade de cientistas e professores estrangeiros.

No total, foram enviadas sete cartas: ao secretário-executivo de Ciência e Tecnologia do Departamento de Estado dos Estados Unidos (equivalente ao Ministério das Relações Exteriores), ao presidente e à diretora-geral da American Association for the Advancement of Science (AAAS – sociedade científica estadunidense coirmã da SBPC), à presidente da National Academy of Science (NAS), ao diretor da National Science Foundation (NSF) e aos editores das revistas Science e Nature (esta última, com sede no Reino Unido).

No documento, a SBPC ressalta que a ciência é um esforço universal, baseado no intercâmbio de ideias, projetos e realizações, de cientistas e estudantes, e a interrupção desse fluxo pode ser muito prejudicial ao seu desenvolvimento.

“Inúmeros cientistas brasileiros, como de outras partes do mundo, têm programas e projetos conjuntos com pesquisadores americanos de muitas organizações científicas e universidades”, ressalta no texto das cartas.

O manifesto informa ainda que as medidas do governo norteamericano já começaram a afetar cidadãos brasileiros, que vêm enfrentando dificuldades para entrar no país, e, certamente, em breve, a comunidade científica como um todo também será afetada.

“Consideramos que estas restrições à mobilidade, baseadas em preconceitos racistas ou nacionalistas, são inconcebíveis e inaceitáveis”, afirma.

A carta na íntegra, em inglês, pode ser lida aqui.

Jornal da Ciência