Em assembleia geral realizada na noite de ontem (16), no Teatro Florestan Fernandes, campus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sócios da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e membros da comunidade científica e acadêmica de todo o País, aprovaram por unanimidade o envio de uma carta para a presidente Dilma Rousseff, onde reivindicam a revogação dos cortes no Ministério da Educação e no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O impacto provocado pelo ajuste fiscal atingiu, principalmente, os mais de cinco mil programas de pós-graduação, distribuídos por todo o território nacional em atividades como mobilidade de pesquisadores, participação em congressos e bancas de qualificação, equipamentos e insumos para laboratórios. O documento também aponta que o “financiamento de programas como o dos INCTs (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), edital Universal, Pró-Infra (Programa de Infraestrutura) da FINEP, e tantos outros, não podem sofrer cortes e descontinuidades”.
Na carta, enviada hoje (17) à presidente da República, os cientistas salientam o equívoco de retirar investimentos das áreas de Educação e Ciência, e a necessidade de manter a coerência com o lema Pátria Educadora. “Quando o Governo Federal propôs fazer sua parte no objetivo de nos transformarmos em uma pátria educadora, a SBPC, sociedades científicas a ela associadas e um sem número de instituições – ligadas ou não aos temas de educação – e certamente milhões de brasileiros viram nesse slogan um fator de estímulo, crença e renovação de esperanças de que o Brasil estava dando um passo firme rumo à superação de seu déficit educacional. Com a confirmação do corte de verbas de custeio e de capital para a educação, a sociedade recebe uma sinalização oposta à prioridade máxima do governo”, diz a carta.
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SBPC