A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) lamenta profundamente a morte do médico e pesquisador emérito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Giovanni Gazzinelli. O cientista faleceu aos 92 anos, nessa terça-feira, 14 de janeiro.
Gazzinelli foi membro do Conselho da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC) em dois mandatos (1977-1981 e 1983-1987) e era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Era também membro da Academia Mineira de Medicina, da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene e da Associação Americana de Imunologia.
Graduado em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com especialização em bioquímica pela Universidade de Utah, nos Estados Unidos, ele obteve os doutorados em medicina e bioquímica e imunologia também pela UFMG. Sua principal linha de pesquisa era bioquímica e imunologia de parasitos.
O acadêmico atuou por mais de 30 anos como professor titular do Departamento de Bioquímica da UFMG e como pesquisador titular na Fiocruz, desde 1980, onde recebeu o título de pesquisador emérito em 2007. Desde 1998, Gazzinelli colaborava como professor titular do Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte (IEP-SCBH).
“Gazzinelli foi uma das figuras mais proeminentes do campo da bioquímica no País, tendo construído uma longa carreira em prol da pesquisa nacional e internacional”, declarou a presidência da Fiocruz em nota divulgada ontem.
Durante sua longa trajetória profissional, Giovanni Gazzinelli obteve reconhecimento de diversas instituições científicas e governamentais. Em 1996, recebeu o título de Professor Emérito da UFMG. Foi agraciado com diversos prêmios e medalhas, como a Comenda e a Grã Cruz da Ordem Nacional de Mérito Científico, da Presidência da República (1998), bem como a Medalha Carlos Chagas (1991) e a Medalha da Inconfidência (1994), concedidas pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Também em reconhecimento pelo seu trabalho, a Universidade Vale do Rio Doce (Univale-MG) conferiu-lhe o grau de professor honoris causa. O Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas) outorgou-lhe o Diploma de Honra ao Mérito; e a UFMG, nas comemorações dos 80 anos da universidade, em 2007, em sessão solene, prestou-lhe homenagem como um dos pesquisadores de destaque da instituição. No mesmo ano, recebeu o título de Pesquisador Emérito da Fundação Oswaldo Cruz.