A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) parabeniza sua conselheira Vanderlan da Silva Bolzani pela classificação entre os cientistas mais influentes do mundo no ranking “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators” da Elsevier.
A empresa editorial holandesa especializada em conteúdo científico técnico e médico, e uma das principais do mundo em publicação científica, divulgou no último mês a lista dos 2% cientistas mais citados em todo o planeta em suas respectivas áreas de atuação. Mais de 200 mil pesquisadores figuram no ranking.
Professora titular do Instituto de Química (IQAr) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e membro do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Vanderlan Bolzani dedica-se há mais de 40 anos ao desenvolvimento de pesquisas em química de produtos naturais e química medicinal de produtos naturais.
Formada em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1973 e doutora (1982) em química orgânica pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), a cientista tem uma extensa experiência em parcerias científicas internacionais: da Universidade Estadual da Virgínia (EUA), à Universidade de Queensland, Universidade de Manchester e a Université Pierre et Marie Curie, Paris VI, na França, onde foi professora visitante em 2011 e 2012. Entre 2008 e 2010 presidiu a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e tornou-se a primeira mulher a exercer a presidência desta Sociedade, tendo seu nome se tornado “Prêmio SBQ Vanderlan da Silva Bolzani” para homenagear químicas destacadas no país. Em 2015 foi eleita vice-presidente da SBPC e reeleita em 2017 por mais um mandato. Bolzani ainda é fellow da Royal Society of Chemistry desde 2009.
A cientista também recebeu as mais prestigiosas premiações na sua área: em 2011, foi homenageada com a Medalha Simão Mathias e com o prêmio Distinguished Woman in Science, da IUPAC/ACS. Em 2013 recebeu o prêmio Elsevier Capes 2013 e foi eleita para a World Academy of Science for Developing Countries, TWAS. Em 2015, recebeu o Prêmio Kurt Politzer de Inovação Tecnológica, categoria pesquisador, da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
Em 2017, foi agraciada com o prêmio “Professor Otto Gottlieb”, que reconhece pesquisadores brasileiros que se destacam pelas pesquisas realizadas na área de química de produtos naturais, com resultados que tenham impactado positivamente o desenvolvimento da área no Brasil e no exterior. A premiação foi particularmente emocionante para a pesquisadora, pois Gottlieb foi seu orientador de mestrado e doutorado, uma relação que influenciou profundamente sua carreira acadêmica.
Em 2021, ela foi recebeu o Prêmio Reconhecimento Especial na categoria liderança no 1º Concurso de Mulheres em Química da América Latina, promovido pela American Chemical Society (ACS) y la Federación Latinoamericana de Asociaciones Químicas (FLAQ). Mais recentemente, em agosto deste ano, foi homenageada na cerimônia de encerramento da XXXVI Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE) com a “Medalha Defensor da Ciência” de 2022. Em outubro foi agraciada com o Prêmio Reconhecimento Especial na categoria liderança no 1º Concurso de Mulheres em Química da América Latina, promovido pela American Chemical Society (ACS) y la Federación Latinoamericana de Asociaciones Químicas (FLAQ).
Os mais citados do mundo
Elaborado anualmente por pesquisadores da Universidade Stanford (EUA), o estudo classifica os integrantes da lista em 22 áreas do conhecimento e 176 subáreas. Os realizadores analisam a influência dos cientistas com base na Scopus – o maior banco de dados mundial de resumos e citações de publicações científicas revisadas por pares –, a partir do cálculo de um indicador composto de citações (c-score), capaz de retratar de maneira mais abrangente o impacto do trabalho de cada cientista.
A seleção engloba 100 mil cientistas com maior c-score e também os 100 mil cientistas que publicaram ao menos cinco artigos em publicações científicas de impacto mundial e que estão entre os 2% melhores em seu subcampo de pesquisa. Dentro desses critérios, eles são separados entre as categorias Impacto no ano de 2021 e Impacto ao longo da carreira.
Jornal da Ciência, com informações do IQ/Unesp