SBPC realiza em maio a Reunião Regional em Cariri

A SBPC realiza de 2 a 6 de maio a sua Reunião Regional em Cariri, em Crato (CE), na Urca, com o tema "Território, Biodiversidade, Cultura, Ciência e Desenvolvimento".

A SBPC realiza de 2 a 6 de maio a sua Reunião Regional em Cariri, em Crato (CE), na Universidade Regional do Cariri (Urca), com o tema “Território, Biodiversidade, Cultura, Ciência e Desenvolvimento”. As inscrições devem ser abertas em breve.

Segundo a presidente da SBPC, Helena Nader, o evento será realizado no campus da Urca, mas contará com o apoio de outras seis instituições parceiras (Universidade Federal do Cariri, Faculdade Paraíso, Faculdade de Juazeiro do Norte, UniLeão – Centro Universitário Leão Sampaio, Instituto São José da Universidade do Vale Acaraú e o Instituto Federal do Ceará).

“Percebemos, em reuniões anteriores, quando fomos fechar detalhes da Reunião Regional, que a comunidade está muito envolvida”

Nader acredita que a riqueza da região contribuirá em muito para o sucesso do evento. “A região do Cariri é geográfica e politicamente muito importante, não só para o Estado do Ceará, mas para a sua vizinhança que surgiu a partir da conurbação entre os municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. É também uma região com uma história cultural e religiosa, já que é a terra do Padre Cícero”, explica.

Nader ressaltou ainda que o evento, desde já, vem engajando a comunidade local. “Percebemos, em reuniões anteriores, quando fomos fechar detalhes da Reunião Regional, que a comunidade está muito envolvida”, afirma a presidente da SBPC.

Programação

A programação científica contará com conferências que discutirão, entre outros temas, meio-ambiente, políticas científicas, inovação e educação. A presidente da SBPC destaca, entre as conferências as atividades “Física aplicada a problemas ambientais: mudanças climáticas globais, meio ambiente e poluição do ar urbana”, “Resíduos sólidos, gestão e planejamento ambiental em regiões metropolitanas”, “Paleontologia nas bacias do nordeste brasileiro”, “Tecnologias geradas pela Embrapa Semiárido”, “2017-2018: Biênio da Matemática Brasil”, “Propriedade Intelectual: da Pesquisa ao Registro de Patente”, “Lixões: impactos nas cidades e na saúde pública”, ” Saneamento Básico: situação atual no nordeste brasileiro” e “O futuro da CT&I no Brasil”.

Já nas mesas-redondas, Nader chama a atenção para debates como “A seca e os desafios na gestão de recursos hídricos nos semiárido nordestino”, “A importância da Biodiversidade da Floresta Nacional do Araripe (Flona) para pesquisa científica”, “Cultura, Memória e Contemporaneidade”, “O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores” e “Planejamento do Espaço Urbano”, entre outros.

Novidades

O evento contará com minicursos, cujos temas ainda serão definidos. A novidade é que, diferente de outras edições, desta vez os cursos serão realizados em um único dia e em período diferente da programação científica. A abertura do evento será no dia 2 de maio, os minicursos serão no dia 3, e as conferências e mesas redondas nos dois dias consecutivos.

Nader destaca outra novidade desta edição: o Dia da Família na Ciência será diferente e oferecerá aos participantes – mediante inscrição – um passeio ao Geopark Araripe, onde todos poderão visitar os geossítios, aprendendo mais sobre ciência e educação in loco. Será um passeio monitorado para quem quiser conhecer o primeiro geoparque das Américas e do Hemisfério Sul.

O Geopark Araripe é composto por nove geossítios e é reconhecido pela Global Geoparks Network (GGN) da Unesco. Distribuídos em seis municípios da Região do Cariri: Batateiras (Crato), Pedra Cariri e Ponte de Pedra (Nova Olinda), Parque dos Pterossauros e Pontal de Santa Cruz (Santana do Cariri), Cachoeira de Missão Velha e Floresta Petrificada (Missão Velha), Riacho do Meio (Barbalha), Colina do Horto (Juazeiro do Norte), eles cobrem uma área de quase 4 mil km2 . A região preserva fósseis de insetos, plantas, répteis voadores, peixes em três dimensões, tartarugas e crocodilos, que ajudam a reconstituir uma história de mais de 120 milhões de anos.

Vivian Costa – Jornal da Ciência