SBPC solidária com a Fiocruz

“Ações policiais devem estar pautadas pela defesa e proteção da vida humana, valor supremo inegociável e amplamente amparado pela legislação”, afirma a entidade em nota

A presença de forças policiais no Campus da Fiocruz em 7 de janeiro de 2024, sem aviso prévio e planejamento, colocou em risco as normas de precaução e prevenção de danos que poderiam ser causados às inúmeras pessoas que, diariamente, se dedicam a ações de pesquisa nessa importante instituição brasileira.

A Fiocruz desenvolve atividades de ensino, pesquisa, produção de serviços e medicamentos e vacinas para o SUS. Suas áreas físicas são percorridas por servidores, pacientes, alunos, crianças que visitam os museus ali instalados e visitantes da cidade e turistas atraídos por suas bibliotecas, pela arquitetura ou para compartilhar dúvidas e conhecimentos.

São milhares de pessoas que frequentam a cada dia os espaços da sede da Fiocruz no Rio de Janeiro.  A segurança do Campus exige um compromisso com a preservação das vidas humanas e patrimonial, inclusive um engajamento ético com as populações do entorno – o que constitui um desafio complexo, dada a responsabilidade que tem a Fiocruz ante as difíceis condições de saúde e segurança em nosso país.

Ações policiais devem estar pautadas pela defesa e proteção da vida humana, valor supremo inegociável e amplamente amparado pela legislação. Obviamente devem ser apoiadas tais ações, quando necessárias, mas a comunidade acadêmica brasileira não pode aceitar passivamente que elas sejam conduzidas de modo a ampliar, em vez de reduzir, os riscos de vida e segurança que acarretam, sempre que conduzidas de forma imprudente.

A SBPC assim manifesta sua solidariedade e apoio à Fiocruz, criada pelo grande sanitarista brasileiro Oswaldo Cruz no crepúsculo do século XIX e que, na sua missão mais que centenária, salvou inúmeras vidas e continuará a fazê-lo.

Veja a nota em PDF.

SBPC