O documento que anuncia a iniciativa destaca a necessidade de acelerar a aprovação do PL nº 77/2015 e o consenso sobre a importância de modernizar o Marco Legal para assegurar o avanço da ciência, o desenvolvimento tecnológico e o estímulo à inovação
Com o intuito de acelerar a aprovação do chamado Código de Ciência, Tecnologia e Inovação (projeto de lei nº 77/2015) no plenário do Senado Federal, e, em seguida, a sanção presidencial, 18 instituições nacionais, dentre elas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), lançaram na manhã desta terça-feira, 08, o documento Aliança em Defesa do Novo Marco Legal de CT&I.
A iniciativa foi lançada no seminário internacional “Estratégias Legislativas para Investimento em CT&I”, que acontece hoje no Auditório do Interlegis, do Senado Federal, em Brasília.
O documento ressalta que é de conhecimento de todos que a ciência, tecnologia e inovação são alicerces para o desenvolvimento econômico e social de um país. E reforça a comprovação de que investimentos nessas áreas colocam o Brasil em um novo patamar no cenário internacional, aumentando a competitividade, a perspectiva da cooperação científica e tecnológica e a capacidade de inserção em uma economia cada vez mais intensa em conhecimento.
Conforme observam os membros da Aliança, o novo Marco Legal, já aprovado na Câmara dos Deputados e nas comissões do Senado, permitirá maior aproximação entre pesquisadores e empresas, setor público e privado, desburocratizando a gestão dos projetos e criando ambientes propícios para inovação, por intermédio de diversos mecanismos específicos e pela retirada de gargalos e restrições que dificultavam essa interação.
O documento acrescenta ainda o consenso de que o País precisa modernizar o Marco Legal para assegurar o avanço da ciência nacional, o desenvolvimento tecnológico e o estímulo à inovação. “É neste sentido que as entidades da sociedade civil, entre outras, unem-se nesta Aliança para defender a imediata aprovação e sanção do novo marco legal”, destaca trechos do documento.
Leia abaixo o documento.
ALIANÇA EM DEFESA DO NOVO MARCO LEGAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Em 2011 começou no Congresso Nacional o processo de revisão do marco regulatório de ciência, tecnologia e inovação. Pela importância do tema, dezenas de entidades da sociedade civil se envolveram e participaram ativamente das discussões para aperfeiçoamento da proposta em tramitação (PL 2177/2011 inicialmente na Câmara, PLC 77/2015 atualmente no Senado). Foram quatro anos de intensos debates em diversas reuniões, audiências públicas, seminários.
É de conhecimento de todos que a Ciência, Tecnologia e Inovação são alicerces para o desenvolvimento econômico e social de um país. Está comprovado que investimentos nessas áreas colocam o país num novo patamar no cenário internacional, aumentando sua competitividade, a perspectiva da cooperação científica e tecnológica e a capacidade de inserção numa economia cada vez mais intensa em conhecimento.
Há consenso, portanto, de que o Brasil precisa modernizar seu marco legal para assegurar o avanço da ciência, o desenvolvimento tecnológico e o estímulo à inovação. E é neste sentido de que as entidades da sociedade civil, entre outras, unem-se nesta Aliança para defender a imediata aprovação e sanção do novo marco legal.
O novo marco legal – já aprovado na Câmara e nas Comissões do Senado – irá permitir maior aproximação entre pesquisadores e empresas, setor público e privado, desburocratizando a gestão dos seus projetos e criando ambientes propícios para a inovação, por meio de diversos mecanismos específicos e da retirada de gargalos e restrições que dificultavam essa interação.
O Brasil está em 70o posição no Índice Global de Inovação de 2015 (The Global Inovation Index – Cornell University, ISEAD e WIPO). Tal situação mostra-se muito aquém da posição em que deveria estar, já que tem uma comunidade científica de alta qualidade, um empresariado competente e inovador, além de enfrentar prementes necessidades de expansão da economia. É imperativa uma grande mobilização para responder ao desafio de mudar a realidade atual, na velocidade compatível com o que vem ocorrendo no mundo.
Cientes da importância deste novo marco legal para o País, as entidades que participam desta Aliança acreditam que a luta em defesa da CTI se confunde com a luta em defesa do futuro de nosso país, de nossa sociedade e de toda humanidade.
Nestes termos, as referidas entidades, abaixo listadas, subscrevem o presente documento, alinhadas num só e veemente propósito pelo bem do Brasil, em defesa do Novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, sem prejuízo de outras que queiram se juntar ao processo, para que se dê conhecimento público desta iniciativa.
Brasília, 08 de dezembro de 2015
ABC – Academia Brasileira de Ciências
ANM – Academia Nacional de Medicina
ABIPTI – Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa, Tecnologia e Inovação
ABRUC – Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
ABRUEM – Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais
ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras
ANPROTEC – Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores
CONFIES – Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica
CONSECTI – Conselho Nacional dos Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I
CONFAP – Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa
COPPE/UFRJ – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
CRUB – Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras
EMBRAPII – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial
FORPROP – Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação
FORTEC – Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas
SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas