Quando a pandemia nem estava declarada, em fevereiro de 2020, tive uma espécie de gripe e tosse que pareceram muito com os sintomas da Covid-19. Fiquei com uma tosse seca e acordava molhada de suor, sinal de febre. Fiz dois ou três testes, que não detectaram anticorpos contra o coronavírus Sars-CoV-2. Mesmo assim, fiquei até o meio do ano achando que tive essa doença.
Quando a epidemia estourou, foi muito impactante para mim. Eu tinha noção do alcance de uma pandemia, sabia que não iria embora tão cedo e que o mundo pararia. O Inpa [Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia] logo fechou até segunda ordem. Foram mantidos os serviços essenciais: os animais vivos dentro dos campi precisam ser alimentados e tratados, por exemplo. Quem faz isso são técnicos e estudantes de pós-graduação.
Meu laboratório é centrado em estudar a adaptação dos peixes a mudanças ambientais. Adquirimos lotes de peixes para o desenvolvimento de dissertações e teses, então os estudantes têm responsabilidade. Fizemos um rodízio: no início, alguns iam quase todos os dias porque tinham experimentos para terminar e perderiam as amostras se não terminassem. Assim, ajudaram os técnicos a cuidar dos peixes.
Veja o texto na íntegra: Revista Pesquisa Fapesp