Semana de 22 marcou um período de renovação, diz pesquisadora

Rumo ao centenário da Semana de Arte Moderna, Elza Ajzenberg falou do diálogo entre arte e ciência em seu contexto político e social

Conferência CENTENÁRIO DA SEMANA DE ARTE MODERNA

Realizada em um contexto de grandes mudanças no País e no mundo, a Semana de 22 trouxe uma atualização do pensamento, da arte e da estética no ano que o Brasil completou o primeiro centenário de sua independência.

A análise é da filósofa e pesquisadora Elza Ajzenberg, durante a conferência “Centenário da Semana de Arte Moderna”, realizada nesta quarta-feira (21/7). O evento foi apresentado pelo físico Paulo Artaxo Netto, e fez parte da programação da 73ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Professora titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e ex-conselheira da SBPC, Ajzenberg é docente nas áreas de estética e história da arte, foi coordenadora do Centro Mário Schenberg de documentação e diretora do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Para ela, ciência e arte guardam uma forte conexão: “Quando a gente fala em ciência, nos ligamos imediatamente à arte”, afirmou.

A Semana de 22 foi realizada entre os dias 13 e 27 de fevereiro e, segundo ela, renovação é a palavra-chave mais forte para explicar o evento. Considerada “futurista” na época, a Semana de 22 teve grande repercussão de público e mídia lançando para a história alguns dos mais importantes artistas brasileiros daquele período como Anita Malfatti, Lasar Segall e Victor Brecheret.

“Di Cavalcanti se colocou como líder, mas foi uma obra de várias pessoas”, contou Ajzenberg. Ela ressaltou que o evento recebeu apoio econômico de famílias paulistanas, inclusive para o aluguel do palco do Teatro Municipal de São Paulo que recebeu as conferências, concertos e exposições de personalidades como Graça Aranha, Paulo Prado, Mario de Andrade e outros.

Assista à conferência na íntegra, no canal da SBPC no Youtube.

Jornal da Ciência