Ondas de calor cada vez mais intensas, chuvas torrenciais, enchentes, vendavais. Antes eventos isolados e característicos de uma única estação do ano, estes fenômenos tornaram-se mais frequentes e fora de época, atingindo em 2023 uma velocidade de ocorrência nunca vista.
A exposição ambiental a condições extremas de temperatura (tanto frio quanto calor) excede a capacidade do organismo humano de manter a termorregulação acarretando o chamado estresse térmico.
O efeito mais direto é o aumento da mortalidade e da morbidade (doenças) devido à alteração brusca da homeostase, ou seja, a temperatura interna do corpo em equilíbrio, causando problemas cardio e cerebrovasculares, proliferação de vetores de doenças, além de lesões e até quadros depressivos.
Para especialistas, as mudanças climáticas implicam a necessidade de adaptações em todos os aspectos da vida humana, dos horários de trabalho e do comércio ao treinamento dos profissionais da saúde para lidarem com os efeitos do aquecimento global.
Janes Rocha – Jornal da Ciência