Após um intervalo, é retomada a primeira das duas audiências públicas no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do aborto.
Durante a manhã, especialistas trouxeram à Corte argumentos sobre o tema. A audiência pública, que acontecerá também na próxima segunda-feira, foi convocada para auxiliar os ministros no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, ajuizada no STF pelo PSol e pelo Instituto de Bioética, Direitos Humanos Gênero (Anis).
Confira abaixo o que disseram os expositores na tarde desta sexta-feira.
Quem abriu a segunda etapa da audiência desta sexta-feira foi Tania Di Giacomo do Lago, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Ela chamou atenção para a subnotificação das mortes provocadas por aborto inseguro no Brasil. Ela destacou que os cerca de 230 óbitos por ano são apenas a “ponta do iceberg”. Isso porque o aborto inseguro costuma aparecer como causa da morte apenas quando a mulher informa isso antes de falecer.
— O aborto é quase que impossível ser descoberto quando não foi informado pela mulher antes que ela morresse. As mulheres não confidenciam que estão grávidas nem para suas família, muito menos que vão fazer aborto. Elas temem ser recriminadas.
Leia o texto na íntegra: O Globo