Em 2016, o climatologista Carlos Nobre junto com um grupo de cientistas e apoio de diversas organizações fundou o projeto Amazônia 4.0. Em 2021, um dos pilares do Amazônia 4.0 virou realidade com a inauguração da primeira biofábrica para transformação da cadeia do cacau-cupuaçu para chocolate, no Pará. Derivadas dos Laboratórios Criativos da Amazônia (LCAs), as biofábricas são estruturas móveis em formato geodésico que vão transitar pelas comunidades do interior da Amazônia levando conhecimento e tecnologia para a fabricação de produtos locais.
O Amazônia 4.0 é uma das iniciativas da bioeconomia, que busca promover o desenvolvimento econômico conservando o meio ambiente ao mesmo tempo em que oferece alternativas viáveis e sustentáveis de renda para a população local.
Outro projeto está sendo conduzido pelo engenheiro de computação Eduardo Coelho Cerqueira. Professor da Faculdade de Engenharia da Computação e Telecomunicações do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Cerqueira é membro do “Cadeias de Valor da Bioeconomia” que reúne pesquisadores de várias áreas correlatas em um projeto financiado em conjunto pelas fundações de amparo à pesquisa dos estados de São Paulo e do Amazonas (Fapesp-Fapeam).
O objetivo do “Cadeias de Valor da Bioeconomia” é identificar fatores críticos para elevar a competitividade de cadeias com base na biodiversidade no estado do Amazonas, com alto potencial de consumo no estado de São Paulo. Cerqueira coordena a construção de um laboratório aberto de experimentação que vai integrar tarefas e dados de bases locais sobre as cadeias produtivas.
A bioeconomia é o assunto de capa da nova edição do Jornal da Ciência Especial. A reportagem completa detalha estes e outros projetos que envolvem ciência, tecnologia e inovação na conservação ambiental. Baixe o exemplar gratuitamente em pdf e boa leitura.
Janes Rocha – Jornal da Ciência