A biomédica Helena Nader, que presidiu durante seis anos a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), principal órgão representativo da comunidade científica do país, diz que a ideia de criar um partido político voltado para defender os interesses dos cientistas seria péssima para a área.
“Na minha visão, seria o fim da ciência porque, no momento em que ela se torna partidária, ela passa a separar as pessoas”, declarou ela à Folha durante a 69ª reunião anual da sociedade na Universidade Federal de Minas Gerais.
O encontro, que termina neste sábado (22), marca a despedida da pesquisadora da Unifesp do cargo –ela será substituída pelo físico Ildeu Moreira, da UFRJ.
Como presidente, Helena foi criticada por defender a necessidade de negociar com o governo Temer. Na entrevista, ela afirma que a polêmica está superada e que os cientistas precisam continuar dialogando com todos os setores da sociedade, embora não possam admitir retrocessos em áreas como o ambiente e os direitos humanos.
Leia na íntegra: Folha de São Paulo