Nos noticiários de TV, são frequentes as denúncias de famílias que têm recusado atendimento dos planos de saúde a idosos e pessoas com deficiência. Como será quando as empresas tiverem acesso às análises preditivas de saúde realizadas pela Inteligência Artificial (IA)?
“Já temos uma legislação para uso de dados pessoais, mas é preciso aperfeiçoar a regulamentação do uso de IA na área da saúde”, opina Bruno Nunes, professor nos Programas de Pós-Graduação em Epidemiologia e Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Junto a Flavio Demarco, que além da Epidemiologia, orienta o PPG de Odontologia da mesma universidade, eles anunciaram em maio a criação do Grupo de Pesquisa em IA e Análise Preditiva em Saúde (GIAAPS), com a intenção de abordar todos os impactos relacionados ao uso de novas tecnologias.
Legislação e regulamentação são dois dos muitos aspectos sobre os quais o GIAAPS vai se debruçar ao reunir pessoas de diferentes áreas da saúde – da enfermagem à epidemiologia, odontologia, medicina e outras – mas também das ciências sociais e da computação.
Janes Rocha – Jornal da Ciência