Uma das marcas do ano de 2019 no Brasil são os cortes praticados pelo governo federal na área da Educação e Ciência. Tais medidas levaram centenas de milhares de manifestantes às ruas nos maiores protestos do ano até agora. A Sputnik Brasil ouviu lideranças científicas do país que analisam a situação e mostram possíveis soluções.
O físico Ildeu de Castro Moreira é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O presidente da SBPC aponta para o próximo ano uma perspectiva mais negativa do que a posta ao longo de 2019.
“Nós estamos muito preocupados com o orçamento do ano que vem. E os cortes se desenham piores ainda”, disse o presidente da SBPC em entrevista à Spuntik Brasil.
A preocupação do cientista se baseia no Projeto de Lei Orçamentária Anual 2020, que já circula no Congresso. A PLOA 2020 impõe ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) a queda de 22,53% no Orçamento Geral da pasta, que terá R$ 11,8 bilhões para trabalhar em 2020. Excluídas as despesas obrigatórias, a Reserva de Contingência e serviços da Dívida Pública, o decréscimo no orçamento do MCTIC é de 38%, com apenas R$ 3,5 bilhões para aportes gerais nos programas e unidades.
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