Gestão de dados científicos

Artigo da nova edição da Ciência & Cultura discute desafios e oportunidades para a Ciência Aberta no Brasil

WhatsApp Image 2025-03-14 at 09.23.35A preservação e a reutilização de dados científicos são fruto de uma iniciativa global, conduzida por instituições de pesquisa e governos em diversos países, e não de esforços individuais de pesquisadores. A Ciência dos Dados Abertos, que integra a Ciência Aberta, propõe a criação de infraestruturas computacionais que garantam maior replicabilidade e reprodutibilidade nos experimentos científicos — um padrão considerado essencial para a ciência moderna. Isso é o que discute artigo da nova edição da revista Ciência & Cultura, que tem como tema “Ciência Aberta”.

Esse novo modelo, conhecido como Quarto Paradigma, reflete mudanças significativas na prática científica, exigindo não apenas o compartilhamento de dados, mas também sua curadoria e reutilização eficiente. No Brasil, o contexto ainda é incipiente, mas já há avanços importantes em instituições de pesquisa, especialmente na criação de repositórios de dados. “A gestão de dados científicos é imprescindível para a construção de um ambiente de ciência aberta, transparente e colaborativa, que seja capaz de responder aos desafios globais”, enfatiza Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa, professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Um exemplo é o DataMap/Amazon, que atua na preservação, curadoria e disseminação de dados coletados na Amazônia. Essas plataformas não só asseguram a integridade dos dados, como também incentivam a colaboração entre diferentes áreas de pesquisa, ampliando o potencial de inovação científica. No caso da Amazônia, o armazenamento e a gestão eficaz de dados são estratégicos para entender fenômenos ambientais e climáticos, oferecendo suporte a políticas públicas de desenvolvimento sustentável e preservação.

Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta desafios para consolidar a Ciência dos Dados Abertos, como a necessidade de maior capacitação de profissionais, o fortalecimento da infraestrutura tecnológica e a construção de uma cultura de gestão de dados. Iniciativas alinhadas aos princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, Reusable) demonstram que o país está no caminho certo. No entanto, o apoio contínuo de agências de fomento, órgãos governamentais, empresas e organizações internacionais é essencial para que o Brasil se consolide como um ator estratégico na ciência aberta na América Latina, contribuindo para o avanço científico e o bem-estar da sociedade. “Essas plataformas não apenas garantem a integridade dos conjuntos de dados coletados, mas também promovem a sua reutilização e a colaboração entre diferentes áreas de pesquisa”, defende Pedro Corrêa.

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https://revistacienciaecultura.org.br/?p=8031

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