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No AC, pesquisa sobre cobras peçonhentas vira livro

O pesquisador Paulo Sérgio Bernarde, biólogo com doutorado em zoologia e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) em Cruzeiro do Sul (AC), resolveu transformar 20 anos de estudos e pesquisas sobre acidentes ocorridos com animais peçonhentos em todo Brasil, em livro. A obra, prevista para ser lançada no final do mês, aborda o comportamento das serpentes e reações provocadas em humanos e animais domésticos.
Obra deve ser lançada no dia 30 de agosto, em Rio Branco.Livro abrange 62 espécies de cobras peçonhentas no Brasil.
O pesquisador Paulo Sérgio Bernarde, biólogo com doutorado em zoologia e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) em Cruzeiro do Sul (AC), resolveu transformar 20 anos de estudos e pesquisas sobre acidentes ocorridos com animais peçonhentos em todo Brasil, em livro. A obra, prevista para ser lançada no final do mês,  aborda o comportamento das serpentes e reações provocadas em humanos e animais domésticos.
O livro será lançado durante o Congresso de Medicina Tropical que ocorre em Rio Branco de 26 a 30 de agosto. O conteúdo inclui biologia e classificação das serpentes, distribuição geográfica, nomes populares das espécies de cobras causadoras de envenenamento, ecologia, habitat e tipos de venenos. Sobre vítimas o estudo levantado pelo biólogo aborda sintomas, primeiros socorros, tratamento, prevenção de acidentes ofídicos, crendices e superstições relacionadas às cobras venenosas.
“O livro abrange 62 espécies de cobras peçonhentas no Brasil. O nosso objetivo é contribuir inclusive com a medicina, as informações podem facilitar os procedimentos médicos em relação ao diagnóstico e tratamento, ou seja, o tipo e a quantidade de soro antiofídico que podem ajudar a reverter um quadro de envenenamento. Temos um capítulo voltado para veterinários que trata de acidentes ofídicos com animais domésticos e informações gerais que abrange todo público, como ribeirinhos e moradores tradicionais que estão mais vulneráveis”, informou o pesquisador.
Paulo Sérgio Bernarde é natural de São Paulo e começou a se interessar pelo tema durante sua graduação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) onde pacientes picados por cobras eram atendidos no hospital universitário. O trabalho de pesquisa na Amazônia começou a ser desenvolvido pelo pesquisador em Rondônia, onde atuou vários anos por uma universidade privada.
Há oito anos na Região do Vale do Juruá, no Acre, o pesquisador encontrou o cenário perfeito para pesquisa no coração da Amazônia. “A diversidade de animais aqui é muito grande e necessita de muita pesquisa. Uma região como é essa é um paraíso para quem deseja pesquisar”, declarou.

SBPC
A pesquisa realizada pelo biólogo Paulo Bernarde foi apresentada por ele na 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), sediada no Acre, no final de julho.
Durante a palestra, Bernarde mostrou as características de serpentes, peçonhentas e sem veneno, que habitam em diversos regiões do país, e ainda as mudanças no que diz respeito à nomenclatura dos animais.