AEB e CNPq lançam Ciência sem Fronteiras Espacial para conceder 300 bolsas de estudos


Serão concedidas 300 bolsas de estudo para alunos universitários que queiram fazer intercâmbio no exterior. O objetivo é enfrentar a falta de mão de obra especializada para o desenvolvimento das atividades espaciais.

A Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) anunciaram nesta quarta-feira, dia 24/07, durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso (SBPC), o lançamento do programa Ciência sem Fronteiras Espacial. Serão concedidas 300 bolsas de estudo para alunos universitários que queiram fazer intercâmbio no exterior. O objetivo é enfrentar a falta de mão de obra especializada para o desenvolvimento das atividades espaciais. Segundo Jose Raimundo Braga Coelho, presidente da AEB, em 2013 e 2014, o CNPq vai conceder vagas nas diversas modalidades. Dessas bolsas, 150 serão destinadas a trazer reconhecidos especialistas estrangeiros para atuarem no Brasil.

Coelho lembrou que o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNA 2012-2021) exige um pessoal qualificado para atender às necessidades do país em tecnologias espaciais críticas, absorção, tecnológica nas áreas de satélites e lançadores. Essas são demandas presentes e futuras da Estratégia Nacional de Defesa, bem como da Agenda Tecnológica Setorial do Plano Brasil Maior. “O Brasil precisa de especialistas em questões espaciais, sobretudo para áreas de engenharia, pesquisa e indústria”, disse. “Por isso, vamos buscar recursos humanos. Precisamos de qualidade, mas também de quantidade.”

O presidente da AEB disse que agência está se associando às principais agências espaciais do mundo para trocar experiências. “Já fizemos acordo com agências no Japão, França, Ucrânia e Estados Unidos”, disse. “Mas, também estamos negociando com outros países.” José Raimundo também disse que o Brasil já tem cursos de engenharia espacial em cinco universidades, mas que há uma negociação para que outras cinco também organizem os seus. “Precisamos de mão de obra qualificada”, disse.

O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, disse que o objetivo do programa é fomentar e consolidar, a curto prazo, a qualificação de brasileiros, para dar um grande salto no avanço da inovação no núcleo estratégico das tecnologias.

(Vivian Costa)