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Dos 22 municípios do AC, apenas dois não tiveram representantes na SBPC

A organização da 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) fez uma coletiva para dar uma prévia do balanço do evento, que ocorreu este ano na Universidade Federal do Acre (Ufac), entre os dias 22 e 27 de julho, em Rio Branco. De acordo com os dados apresentados pela presidência, dos 22 municípios acreanos, apenas dois não tiveram representantes. Ao todo, foram 6.368 inscritos, destes, 3.439 foram do Acre.
Presidente da SBPC diz que o evento é dividido em antes e depois do Acre.SBPC indígena e extrativista foram destaques durante evento.
A organização da 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) fez uma coletiva para dar uma prévia do balanço do evento, que ocorreu este ano na Universidade Federal do Acre (Ufac), entre os dias 22 e 27 de julho, em Rio Branco. De acordo com os dados apresentados pela presidência, dos 22 municípios acreanos, apenas dois não tiveram representantes. Ao todo, foram 6.368 inscritos, destes, 3.439 foram do Acre.
A presidente da SBPC, Helena Nader, destacou a grande participação dos acreanos na SBPC. Ela também pontuou que, mesmo com as dificuldade de se chegar ao estado, o público foi bem mais participativo. “O olhar do Brasil em relação ao Acre é esquisito, porque é difícil chegar ao estado, são apenas dois voos para chegar aqui. Mesmo assim, metade dos inscritos são de fora. Devido à cheia do Rio Madeira, que deixou o Acre isolado, muita coisa não ficou pronta. Porém, encontramos famílias que abriram as portas para a hospedagem e fechamos motéis sim, pois só no Brasil que essa palavra tem uma conotação negativa”, destaca.
Além disso, Helena também ressaltou a educação no estado que, segundo ela, é modelo para outros lugares do país. “Aqui se fez uma revolução na educação, o que é impressionante. O Brasil tem muito o que aprender com essas escolas. A próxima SBPC será em São Carlos (SP), um polo tecnológico de primeira. Vamos ter que fazer um trabalho para trazer as escolas para dentro da SBPC e motivar os estudantes, mesmo de férias, a participarem do evento”, diz.
O reitor da Ufac, Minoru Kimpara, destacou o pioneirismo na SBPC extrativista e indígena que, segundo ele, foi o grande diferencial desta edição.
“Conseguimos fazer este feito pela primeira vez na história da SBPC. Os temas locais discutidos por pesquisadores de todos os estados e até de fora do país, é uma forma de nós darmos uma resposta a essas questões. Meu sentimento é de felicidade em estar a frente da universidade”, diz.
Kimpara também disse que outro grande desafio é que os participantes pudessem sair do estado com uma boa impressão do Acre. “Somos campeões da ciência, tecnologia e inovação. Fico grato pelos elogios, não pela SBPC, mas também fico feliz como acreano por ver as pessoas saírem falando bem da nossa universidade, da nossa população”.
A coordenadora local do evento, Guida Aquino, relembrou toda a movimentação que começou há 1 anos e 8 meses. Ela ressaltou a importância do evento e da equipe. “Recebi elogios de várias pessoas encantadas com o evento, questionando como veio parar tanta ciência e tecnologia no Acre”, conta.
De acordo com os dados apresentados pela organização, 371 cidades do Brasil participaram do evento. A reunião contou com 402 palestrantes, 362 monitores, 19 conselheiros, 13 secretários regionais e oito diretores. Estima-se que, diariamente, compareceu ao campus da Ufac, uma média de 10 mil pessoas.