Paim quer fortalecer universidades do Norte

O ministro da Educação, José Henrique Paim, prometeu nesta sexta-feira (25/07) criar projetos específicos para as universidades federais do Norte, conectados com o principal vetor de desenvolvimento regional, a Floresta Amazônica. A declaração do ministro ocorreu durante sua conferência na 66ª Reunião Anual da SBPC, que se realiza na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco. Dentre as universidades, ele citou o caso da Ufac que, mesmo com quase meio século de existência, somente em 2014 conseguiu ter seu primeiro curso de doutorado aprovado pela Capes.
A proposta foi anunciada durante a 66ª Reunião Anual da SBPC, em Rio Branco, Acre.
O ministro da Educação, José Henrique Paim, prometeu nesta sexta-feira (25/07) criar projetos específicos para as universidades federais do Norte, conectados com o principal vetor de desenvolvimento regional, a Floresta Amazônica. A declaração do ministro ocorreu durante sua conferência na 66ª Reunião Anual da SBPC, que se realiza na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.
Dentre as universidades, ele citou o caso da Ufac que, mesmo com quase meio século de existência, somente em 2014 conseguiu ter seu primeiro curso de doutorado aprovado pela Capes. 
 
“Precisamos criar uma estratégia especifica para as universidades do Norte, fortalecendo mais a pós-graduação”, disse o ministro durante a conferência “Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação”, mediada pela presidente da SBPC, Helena Nader.   
Paim falou ainda da necessidade de se criar um novo modelo para as universidades de um modo geral, considerando que a educação superior tem papel chave no desenvolvimento do País e tem uma conexão direta com a educação básica. 
O ministro defendeu também a ideia de se promover um casamento entre as universidades e o mundo produtivo. Ele citou o exemplo dos Estados Unidos, no século XX, que, ao investir fortemente “no casamento entre universidades e indústria”, promoveu significativas melhorias no processo produtivo. “É muito importante avançar na pesquisa cientifica e também renovar o espírito de nossas empresas, para que elas utilizem a pesquisa realizada nas universidades e, assim, tenham ganhos tecnológicos.”
Nesse caso, Paim disse que há um entendimento do governo nessa direção. Citando o programa Plataformas do Conhecimento, anunciado recentemente pelo Palácio do Planalto, ele enfatizou a necessidade de o governo trabalhar na questão do fomento à pesquisa e na cooperação entre o setor produtivo e as instituições de ciência e tecnologia.  
O ministro também reconheceu a necessidade de se ampliar a internacionalização das universidades brasileiras, na tentativa de fazer frente aos desafios que se apresentam. 
“Se queremos avançar do ponto de vista de produção cientifica e de formação de recursos humanos em nossas universidades, o tema da internacionalização é fundamental. Temos de avançar nisso. É um desafio grande.”
Embora destaque o êxito do programa Ciência sem Fronteiras, que vem possibilitando o contato de estudantes brasileiros com outras culturas e línguas estrangeiras, Paim disse ser necessário desenhar o que chamou de “grande cooperação entre universidades brasileiras e do exterior”.
“Temos condições de fazer isso. O próximo passo é trilhar o caminho da internacionalização, vendo quais universidades têm mais condições para isso e também apoiando universidades que ainda estão se consolidando nessa direção.”
Educação básica 
A necessidade de o País melhorar a educação básica foi outro tema destacado pelo ministro José Henrique Paim. Ele enfatizou como pontos prioritários os investimentos na formação de professores e na profissionalização de estudantes do ensino médio. 
Ele observou que o Brasil vem avançado na oferta de educação profissional no ensino médio. Segundo disse, a participação do ensino profissional subiu de 3% para 8% nos últimos anos no total da educação básica. “Mas precisamos avançar muito mais. Na Alemanha, uma referência nessa área, 55% dos estudantes do ensino fundamental vão diretamente para educação profissional”, disse o ministro citando o Plano Nacional da Educação, aprovado pela presidente Dilma Rousseff em junho último, como medida que vai fazer diferença na educação brasileira. 

(Viviane Monteiro/Jornal da Ciência)