Centenários modernistas

Artigo da nova edição da Ciência & Cultura aborda centenário das obras “Ulysses” e “A Terra Devastada” e sua atualidade

Há cem anos, eram lançadas duas obras que mudariam a literatura: “Ulysses”, de James Joyce, e “A Terra Devastada’, de T.S. Eliot. Suas inúmeras contribuições para a arte são discutidas em artigo da nova edição da revista Ciência & Cultura, que tem como tema “Ciência e Vida”. A edição especial aborda as várias maneiras como a ciência e a tecnologia contribuem com diversos aspectos de nossa vida diária.

“Se o ano literário de 1922 é de certa forma aberto pela publicação do romance mais importante do modernismo, será encerrado pelo aparecimento do poema mais famoso do período”, aponta Caetano W. Galindo, professor do curso de Letras da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e tradutor da obra de Joyce e de Eliot. Para o pesquisador, apesar de centenárias, essas obras ainda incomodam e iluminam. Ele cita dois exemplos instigantes: o filme “Roma (2018), de Alfonso Cuarón, que se encerra com uma citação de “A Terra Devastada”, e a animação “Shrek (2001), que inicia com uma paródia do “Ulysses.

Para Galindo, tanto Joyce como Eliot criaram uma literatura que valorizava o “novo”, enfrentando a necessidade de se reconstruir diante de tempos novos e problemas novos – o que mantém suas obras atuais. Mas não é só. “Isso partia de um primeiro movimento: de um lado, a percepção de que existiam camadas da experiência humana que não podiam ser investigadas e expostas com o emprego dos métodos que a literatura até ali vinha utilizando; de outro lado, a disposição para empregar quaisquer meios, antiquados, novos ou inéditos, para possibilitar esse acesso, para dar a ver aos seus leitores algo que até ali não era visível”, afirma.

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