Desde a sua fundação, em 1948, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) continua firme na defesa dos valores éticos do conhecimento científico, da cultura, do meio ambiente, da inclusão social e do combate à pobreza como prioridades nacionais. A entidade também mantém a luta em prol de seus ideais e pelo desenvolvimento sustentável do País.
O Jornal da Ciência mensalmente atualiza seus leitores sobre as ações da SBPC para reiterar como a participação de todos é fundamental nessas lutas.
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MARÇO
As atividades da SBPC se iniciaram com o debate “Amazônia em Colapso?”, realizado no dia 1º. Durante o webinário, autores de estudo publicado na Nature estimaram que a combinação de secas e altas temperaturas na região é sem precedentes; Carlos Nobre alertou para desencadeamento de novas pandemias.
A SBPC tem divulgado semanalmente a Agenda 5ª CNCTI. Na primeira semana de março, o destaque foi para a realização do fórum promovido pela SBPC e ABC, que debateu os caminhos de desenvolvimento da ciência básica, nos dias 5 e 6 de março. Nas primeiras mesas da reunião temática que a SBPC e a ABC promoveram, foi destacada a importância da pesquisa e inovação para enfrentar desafios globais. Os rumos da “Nova Industrialização” e os impactos da Inteligência Artificial (IA) também foram discutidos no encontro. Os laços sociais foram discutidos sob a ótica do impacto da ciência na sociedade durante o segundo dia da reunião temática “Ciência Básica na Fronteira do Conhecimento”, promovida pela ABC e pela SBPC como parte dos encontros preparatórios para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Na segunda semana do mês, a Agenda 5ª CNCTI destacou o combate à fome e políticas de gênero são temas das conferências da semana. Programação também divulgou fóruns sobre gênero, saúde e transição energética, além das conferências municipais de Floriano, Picos e Bom Jesus, no Piauí.
A Agenda 5ª CNCTI da terceira semana destacou debates sobre conhecimentos tradicionais e científicos e o futuro das universidades. Segundo o texto, no período também foram realizadas as conferências estaduais do Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Roraima, além também de uma sobre saúde global, organizada pelas secretarias regionais da SBPC em São Paulo.
A última Agenda 5ª CNCTI do mês destacou a realização de debates sobre Ciências Humanas, protagonismo amazônida e a presença das mulheres na academia, promovido pela SBPC. A atividade contou com quatro mesas que debateram: “Redes sociais, cultura de ódio, polarização: o tecido social sob ameaça”; “Pesquisas científicas e sua contribuição para a inclusão social”; “A cabeça está atrasada em relação à tecnologia?”; e “Uma utopia com base científica, para a humanidade e o planeta”.
Outro destaque da última semana foi o painel “Desafios e oportunidades na parceria entre indústria e INCTs para geração de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia”, que fez parte da conferência livre “Propriedade intelectual e transferência de tecnologia para inovação e sustentabilidade”, realizado no dia 26, que contou com a participação de Francilene Garcia, vice-presidente da SBPC. Durante a discussão, os especialistas afirmaram que o Brasil precisa traçar Estratégia Nacional de CT&I para avançar na transferência de tecnologias.
No dia 4, a entidade divulgou a última edição do Jornal da Ciência, que homenageou o Centenário de Nascimento de Carolina Bori. Pioneira na Psicologia Experimental no Brasil e primeira mulher a presidir a SBPC completaria 100 anos em 2024.
No dia seguinte, 5 de março, a SBPC manifestou preocupação com falta de apoio a periódicos científicos. “Esperamos que as agências de fomento federais atendam, o mais brevemente possível, às justas demandas daqueles que lutam por um Brasil que tenha na ciência um dos principais motores de seu desenvolvimento social e econômico”, escreveu a Diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Dois dias depois, em 7 de março, a SBPC expressou preocupação com Sistema de Ciência e Tecnologia na Argentina. A entidade enviou carta ao chefe de Gabinete da Presidência, Nicolas Posse, alertando para “efeito devastador” das medidas adotadas pelo novo governo argentino sobre o renomado setor científico do país. O documento foi subscrito por mais de 60 entidades.
Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 8 de março, a entidade promoveu uma manhã repleta de discussões no evento “Falam as cientistas: a SBPC e o futuro da ciência brasileira”. Em uma das atividades do dia, pesquisadoras refletiram sobre os desafios de ser mulher em sociedade e sua presença no campo científico.
No mesmo dia, 8 de março, a SBPC divulgou que o Fórum Nacional de Educação entregou ao MEC documento final da Conae 2024. Material subsidiará o Ministério da Educação na elaboração do Projeto de Lei do próximo Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034, que será encaminhado ao Congresso Nacional.
O primeiro Especial da Semana de março, 8 de março, teve como temática o Dia Internacional das Mulheres. No segundo, publicado no dia 15, o tema abordado foi Capacitismo. Já o terceiro, publicado no dia 22, tratou sobre Covid: 4 anos.
No dia 13, a entidade publicou o artigo “Antropoceno: a procura de um marco que indique o início da influência do homem no clima”, escrito por Paulo Artaxo, vice-presidente da SBPC. “Importante salientar que não se nega a forte influência humana nos ecossistemas terrestres, mas que tão somente é preciso definir um marco estratigráfico que seja estável e forte o suficiente, de acordo com os demais marcos geológicos”, observou.
No dia 14, o JC divulgou que a SBPC participou de debate da Conferência Regional de Educação Superior (CRES+5). No evento, Ministério da Educação anunciou investimentos de R$ 120 milhões para cooperação internacional.
Quatro dias depois, 18 de março, a entidade divulgou que integrou evento no Vaticano sobre a união de conhecimentos indígenas e científicos para a preservação climática e ambiental. O vice-presidente da SBPC, Paulo Artaxo, apresentou conferência sobre o papel da população indígena no cuidado da Amazônia.
No dia seguinte, 19 de março, a SBPC divulgou a abertura das matrículas para 8º ciclo dos seus cursos bimestrais. São 47 webminicursos de várias áreas do conhecimento, com direito a certificado de participação. As matrículas se encerram no dia 20 de maio de 2024.
Também no dia 19, o Jornal da Ciência divulgou que a SBPC participou do lançamento do Memorial da Pandemia de covid-19. A iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Cultura visa à construção de um espaço físico para a criação e concepção de um Museu, como lugar do “Direito à Memória – lembrar para aprender”, idealizado pelos trabalhadores da saúde, pesquisadores e sociedade.
No dia 20, a entidade manifestou apoio e solidariedade à ministra Nísia Trindade. “A SBPC conclama todos os defensores da saúde e da vida humana a juntarem seus esforços e somarem suas vozes na defesa de uma recomposição das condições básicas de cuidado com os seres humanos de todas as idades em nosso país”.
A SBPC lançou no dia 21 de março seu canal no Whatsapp. Funcionalidade permite que as pessoas se inscrevam para receber notícias da entidade.
Dois dias depois, as instituições que compõem a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento, entre elas a SBPC, também se manifestaram em defesa do Ministério da Saúde e de Nísia Trindade. Em nota, elas expressaram “total apoio” ao grande esforço de reconstrução da saúde no País empenhado pela ministra e sua equipe. “Precisamos superar os graves problemas históricos e estruturais para alcançarmos, plenamente, os princípios da Constituição de 1988”.
No dia 25 de março, a SBPC realizou mesa-redonda sobre os 200 anos da 1ª Constituição do Brasil. Os especialistas que participaram da atividade apontaram que olhar para a primeira Constituição do Brasil é entender como a luta por direitos tem bases autoritárias.
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