Confira as ações da SBPC em março de 2024

O Jornal da Ciência destaca, mensalmente, as atividades e manifestações da entidade, enfatizando a importância da participação de todos na luta pelo conhecimento e pelo desenvolvimento do País

Desde a sua fundação, em 1948, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) continua firme na defesa dos valores éticos do conhecimento científico, da cultura, do meio ambiente, da inclusão social e do combate à pobreza como prioridades nacionais. A entidade também mantém a luta em prol de seus ideais e pelo desenvolvimento sustentável do País.

O Jornal da Ciência mensalmente atualiza seus leitores sobre as ações da SBPC para reiterar como a participação de todos é fundamental nessas lutas.

Fique por dentro e faça parte!

MARÇO

As atividades da SBPC se iniciaram com o debate “Amazônia em Colapso?”, realizado no dia 1º. Durante o webinário, autores de estudo publicado na Nature estimaram que a combinação de secas e altas temperaturas na região é sem precedentes; Carlos Nobre alertou para desencadeamento de novas pandemias.

A SBPC tem divulgado semanalmente a Agenda 5ª CNCTI. Na primeira semana de março, o destaque foi para a realização do fórum promovido pela SBPC e ABC, que debateu os caminhos de desenvolvimento da ciência básica, nos dias 5 e 6 de março. Nas primeiras mesas da reunião temática que a SBPC e a ABC promoveram, foi destacada a importância da pesquisa e inovação para enfrentar desafios globais. Os rumos da “Nova Industrialização” e os impactos da Inteligência Artificial (IA) também foram discutidos no encontro. Os laços sociais foram discutidos sob a ótica do impacto da ciência na sociedade durante o segundo dia da reunião temática “Ciência Básica na Fronteira do Conhecimento”, promovida pela ABC e pela SBPC como parte dos encontros preparatórios para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Na segunda semana do mês, a Agenda 5ª CNCTI destacou o combate à fome e políticas de gênero são temas das conferências da semana. Programação também divulgou fóruns sobre gênero, saúde e transição energética, além das conferências municipais de Floriano, Picos e Bom Jesus, no Piauí.

A Agenda 5ª CNCTI da terceira semana destacou debates sobre conhecimentos tradicionais e científicos e o futuro das universidades. Segundo o texto, no período também foram realizadas as conferências estaduais do Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba e Roraima, além também de uma sobre saúde global, organizada pelas secretarias regionais da SBPC em São Paulo.

A última Agenda 5ª CNCTI do mês destacou a realização de debates sobre Ciências Humanas, protagonismo amazônida e a presença das mulheres na academia, promovido pela SBPC. A atividade contou com quatro mesas que debateram: “Redes sociais, cultura de ódio, polarização: o tecido social sob ameaça”“Pesquisas científicas e sua contribuição para a inclusão social”“A cabeça está atrasada em relação à tecnologia?”; e “Uma utopia com base científica, para a humanidade e o planeta”.

Outro destaque da última semana foi o painel “Desafios e oportunidades na parceria entre indústria e INCTs para geração de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia”, que fez parte da conferência livre “Propriedade intelectual e transferência de tecnologia para inovação e sustentabilidade”, realizado no dia 26, que contou com a participação de Francilene Garcia, vice-presidente da SBPC. Durante a discussão, os especialistas afirmaram que o Brasil precisa traçar Estratégia Nacional de CT&I para avançar na transferência de tecnologias.

No dia 4, a entidade divulgou a última edição do Jornal da Ciência, que homenageou o Centenário de Nascimento de Carolina Bori. Pioneira na Psicologia Experimental no Brasil e primeira mulher a presidir a SBPC completaria 100 anos em 2024.

No dia seguinte, 5 de março, a SBPC manifestou preocupação com falta de apoio a periódicos científicos. “Esperamos que as agências de fomento federais atendam, o mais brevemente possível, às justas demandas daqueles que lutam por um Brasil que tenha na ciência um dos principais motores de seu desenvolvimento social e econômico”, escreveu a Diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Dois dias depois, em 7 de março, a SBPC expressou preocupação com Sistema de Ciência e Tecnologia na Argentina. A entidade enviou carta ao chefe de Gabinete da Presidência, Nicolas Posse, alertando para “efeito devastador” das medidas adotadas pelo novo governo argentino sobre o renomado setor científico do país. O documento foi subscrito por mais de 60 entidades.

Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 8 de março, a entidade promoveu uma manhã repleta de discussões no evento “Falam as cientistas: a SBPC e o futuro da ciência brasileira”. Em uma das atividades do dia, pesquisadoras refletiram sobre os desafios de ser mulher em sociedade e sua presença no campo científico.

No mesmo dia, 8 de março, a SBPC divulgou que o Fórum Nacional de Educação entregou ao MEC documento final da Conae 2024. Material subsidiará o Ministério da Educação na elaboração do Projeto de Lei do próximo Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034, que será encaminhado ao Congresso Nacional.

O primeiro Especial da Semana de março, 8 de março, teve como temática o Dia Internacional das Mulheres. No segundo, publicado no dia 15, o tema abordado foi Capacitismo. Já o terceiro, publicado no dia 22, tratou sobre Covid: 4 anos.

No dia 13, a entidade publicou o artigo “Antropoceno: a procura de um marco que indique o início da influência do homem no clima”, escrito por Paulo Artaxo, vice-presidente da SBPC. “Importante salientar que não se nega a forte influência humana nos ecossistemas terrestres, mas que tão somente é preciso definir um marco estratigráfico que seja estável e forte o suficiente, de acordo com os demais marcos geológicos”, observou.

No dia 14, o JC divulgou que a SBPC participou de debate da Conferência Regional de Educação Superior (CRES+5). No evento, Ministério da Educação anunciou investimentos de R$ 120 milhões para cooperação internacional.

Quatro dias depois, 18 de março, a entidade divulgou que integrou evento no Vaticano sobre a união de conhecimentos indígenas e científicos para a preservação climática e ambiental. O vice-presidente da SBPC, Paulo Artaxo, apresentou conferência sobre o papel da população indígena no cuidado da Amazônia.

No dia seguinte, 19 de março, a SBPC divulgou a abertura das matrículas para 8º ciclo dos seus cursos bimestrais. São 47 webminicursos de várias áreas do conhecimento, com direito a certificado de participação. As matrículas se encerram no dia 20 de maio de 2024.

Também no dia 19, o Jornal da Ciência divulgou que a SBPC participou do lançamento do Memorial da Pandemia de covid-19. A iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Cultura visa à construção de um espaço físico para a criação e concepção de um Museu, como lugar do “Direito à Memória – lembrar para aprender”, idealizado pelos trabalhadores da saúde, pesquisadores e sociedade.

No dia 20, a entidade manifestou apoio e solidariedade à ministra Nísia Trindade. “A SBPC conclama todos os defensores da saúde e da vida humana a juntarem seus esforços e somarem suas vozes na defesa de uma recomposição das condições básicas de cuidado com os seres humanos de todas as idades em nosso país”.

SBPC lançou no dia 21 de março seu canal no Whatsapp. Funcionalidade permite que as pessoas se inscrevam para receber notícias da entidade.

Dois dias depois, as instituições que compõem a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento, entre elas a SBPC,  também se manifestaram em defesa do Ministério da Saúde e de Nísia Trindade. Em nota, elas expressaram “total apoio” ao grande esforço de reconstrução da saúde no País empenhado pela ministra e sua equipe. “Precisamos superar os graves problemas históricos e estruturais para alcançarmos, plenamente, os princípios da Constituição de 1988”.

No dia 25 de março, a SBPC realizou mesa-redonda sobre os 200 anos da 1ª Constituição do BrasilOs especialistas que participaram da atividade apontaram que olhar para a primeira Constituição do Brasil é entender como a luta por direitos tem bases autoritárias.

Jornal da Ciência