Presidente da entidade considera o corte em pesquisa e desenvolvimento um retrocesso para o Brasil
Insatisfeita com o corte de investimentos para projetos científicos no orçamento de 2014 da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, espera “reverter” essa perda. “Estou lutando veementemente contra esse corte”, disse Helena, na última sexta-feira (13), depois de receber a Medalha Mérito Tamandaré, concedida pela Marinha do Brasil.
A presidente da SBPC considera o corte de investimentos em pesquisa e desenvolvimento um retrocesso para o Brasil.”Acho que vamos reverter, espero. Se não revertermos isso será um retrocesso, o qual o Brasil não merece.”
Helena afirmou que será encaminhada uma carta ao Congresso Nacional pleiteando a reversão do corte. As informações são de que parte dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a principal fonte financeira do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para o fomento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico,está sendo direcionada para o Programa Ciência sem Fronteiras, a principal bandeira do governo Dilma Rousseff no ensino superior, em detrimento de projetos científicos em andamento.
Na proposta orçamentária de 2014, o orçamento do Programa de Formação, Capacitação e Fixação de Recursos Humanos Qualificados para C,T&I (o qual abrange o Programa Ciência sem Fronteiras) quase duplicou, de R$ 1,386 bilhão, em 2013, para R$ 2,155 bilhões no ano seguinte, crescimento de 55,47%.
De acordo com a Proposta Orçamentária da União (PLOA), em tramitação no Congresso Nacional, a parte de investimentos da pasta de CT&I somará R$ 1,227 bilhão no próximo ano, uma queda de 11,6% na comparação com o ano anterior.
(Viviane Monteiro/Jornal da Ciência)