Do luto à luta: ações da SBPC em março

A SBPC continua alerta e atuante contra o desmonte das políticas públicas de saúde, educação, socioambientais e de ciência, tecnologia e inovação no País e em defesa da democracia, da justiça, da vida e da saúde, e dos direitos humanos. Veja as ações do 3º mês deste ano

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) continua alerta ao desmonte das políticas públicas sanitárias, científicas, educacionais, e socioambientais no País, principalmente neste período de desafios profundos, agravados pela pandemia do coronavírus.

A entidade vem se posicionando firmemente desde o início da pandemia e se uniu a organizações científicas, acadêmicas e da sociedade civil em grandes frentes de defesa nas questões mais urgentes neste momento: a vida, a saúde e o SUS, a vacinação gratuita para todos, solidariedade aos mais atingidos pela crise econômica, o meio ambiente, a democracia, a ciência, a educação, entre outras.

Em janeiro, o Jornal da Ciência publicou a reportagem “Retrospectiva 2021: mais um ano do luto à luta” com as principais ações, manifestações e realizações da SBPC e suas secretarias regionais ao longo do ano passado. Dando continuidade a esta iniciativa, o Jornal da Ciência, mensalmente, atualiza nossos leitores sobre as ações da entidade para reiterar como a participação de todos é fundamental nessas lutas. Fique por dentro e faça parte!

Março

No dia 3, a ABI e SBPC divulgaram nota repudiando a extinção das rádios MEC AM e Nacional do Rio de Janeiro.

No dia seguinte, 4 de março, a SBPC divulgou que irá realizar doze seminários temáticos na série “Projeto para um novo Brasil“, que resultará em um documento que será entregue aos presidenciáveis, durante atividade da 74ª Reunião Anual. No primeiro seminário, realizado no dia 9, cientistas defenderam educação, fomento à ciência básica e discutiram alternativas de financiamento à CT&I. O segundo, realizado no dia 23, debateu Educação básica. O terceiro seminário, realizado no dia 30 de março, debateu Educação superior.

No dia 7 de março, a SBPC divulgou o “Manifesto contrário ao Projeto de Lei 6299/2002 ou “PL do Veneno”, aprovado pela Câmara dos Deputados”. A entidade diz ter “profunda preocupação com os rumos da discussão acerca da liberação dos agrotóxicos nos termos do texto do PL 6299/2002 aprovado pela Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado. A liberação e o uso de tais produtos devem ser fortemente fiscalizados, com regramentos claros e melhoria da estrutura fiscalizatória dos órgãos competentes”.

No mesmo dia, a entidade realizou um live de lançamento da retomada da Revista Ciência & Cultura. Durante o encontro, pesquisadores afirmaram que é ‘mais do que celebrar, devemos refletir’ sobre o Bicentenário da Independência.

No dia seguinte, 8 de março, a entidade realizou a Jornada da SBPC no Dia Internacional das Mulheres“. Durante o encontro, foi lançado o grupo de trabalho de mulheres cientistas, com objetivo de discutir questões relacionadas às mulheres e seu papel na ciência brasileira e mundial.

No dia 18, a entidade promoveu webinar sobre a contribuição dos povos tradicionais para a biodiversidade no Brasil. Evento é parte do projeto “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”.

ABC e a SBPC divulgaram no dia 22 nota em defesa da Educação pública e laica. No documento, manifestaram “sua preocupação ante as notícias, divulgadas pela imprensa, segundo as quais decisões de elevada importância no âmbito do Ministério da Educação estariam sendo tomadas por sacerdotes que não exercem cargos públicos e não têm competência, nem técnica nem legal, para deliberar sobre distribuição de verbas e prioridades educacionais” e instam o MEC a “responder às afirmações da imprensa, esclarecendo a opinião pública sobre a veracidade ou não das mesmas”.

No dia 25 de março a SBPC reuniu as Sociedades Científicas Afiliadas para discutir ações para o setor.

No dia 28, a SBPC enviou uma carta aos deputados federais solicitando que votem ‘não’ à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 517/10, que trata da produção de radioisótopos de uso médico pela iniciativa privada. No documento, a entidade lista alguns argumentos importantes e reafirma que o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), uma instituição pioneira e responsável pelo desenvolvimento da Radiofarmácia no País, continue fornecendo produtos essenciais para a população brasileira, especialmente à atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No mesmo dia, divulgou manifestação sobre a pauta ambiental e climática do Supremo Tribunal Federal. Dois dias depois, mais de 60 entidades científicas subscreveram o documento.

No dia 29, a entidade realizou lançamento da segunda edição do e-book “Fritz Müller 200 anos: legado que ultrapassa fronteiras”. A obra é resultado de sete webinários organizados pelo Grupo Desterro em 2020 para os professores da Rede Estadual de Ensino de Santa Catarina, com a participação de cerca de 700 professores.

No dia 30, a SBPC manifestou seu júbilo pela eleição de Helena Nader como a primeira mulher presidente da ABC.

No último dia do mês, 31, em nota a SBPC, SBF, FeSBE, SBBN, SBFTE e FPPB divulgam a nota “A PEC 517/2010 e a saúde dos brasileiros”. No documento, elas “esperam que os deputados revertam esse placar em prol do interesse público e para evitar consequências desastrosas para os pacientes da atenção pública e para a inovação do setor”.

No mesmo dia, as entidades da ICTP.br divulgaram uma nota em defesa da Democracia. No documento, ABC, Andifes, Confap, Confies, Conif, Consecti, Ibrachics e SBPC afirmam que “na convicção de que a democracia é o único regime político aceitável, o Brasil espera que todo brasileiro cumpra seu dever, que no caso consiste em respeitá-la e promovê-la”.

Jornal da Ciência