Em reunião, Salles tenta “passar a boiada”

Esvaziado por Bolsonaro, Conama se reúne sob o ministro e com a revogação de resoluções de proteção ao meio ambiente em pauta. Sem resistência da sociedade civil, mudanças devem ser aprovadas com facilidade

Quando motores começam a bombear a água do rio Arrojado para sistemas de irrigação de grandes propriedades agrícolas, moradores da região de Correntina, no oeste da Bahia, sabem que as torneiras de suas casas ficarão secas. As águas do rio, que integra a Bacia do São Francisco, parecem não ser mais suficientes para abastecer a população e os pivôs centrais que irrigam cultivos de grandes produtores.

“Isso porque os processos de irrigação são outorgados, são legais. Imagine o que pode acontecer se o licenciamento ambiental não for mais necessário? Seria um caos completo, com muitos conflitos”, comenta Naidison de Quintela Baptista, coordenador nacional da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), que acompanha de perto os conflitos na região.

Esse tipo de licenciamento é importante para que a retirada da água autorizada considere o impacto no ambiente do entorno, na vegetação, nas nascentes dos rios, no uso comunitário e coletivo da água. Mas ele está prestes a ser abolido.

Leia na íntegra: Deutsche Welle Brasil