Mais de 2,3 mil pesquisadores baianos podem ficar sem receber suas bolsas a partir deste mês. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão responsável pelo financiamento, informou na semana passada que só tem dinheiro para o pagamento dos mais de 84 mil bolsistas em todo o Brasil até agosto – esse dinheiro deve ser depositado até sexta-feira (6).
A situação de uma das principais agências de fomento da pesquisa científica brasileira foi diretamente afetada pelas restrições orçamentárias do governo federal. O CNPq sofre com um déficit de R$ 330 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), ao qual é subordinado.
Este ano, tanto o CNPq quanto a Capes, agência subordinada ao Ministério da Educação (MEC), já tinham anunciado que não concederiam novas bolsas. O CNPq chegou a suspender editais. Só que, agora, é a primeira vez que bolsas já existentes são ameaçadas.
Na Bahia, a maior parte dos pesquisadores está vinculada à Universidade Federal da Bahia (Ufba). De acordo com o Mapa de Investimentos do CNPq, pelo menos 1.218 bolsistas da instituição podem ficar sem receber.
As bolsas são de diferentes valores e modalidades: vão da Iniciação Científica Júnior (R$ 100), destinada a estudantes de ensino médio, até as mais conhecidas, como as de mestrado e doutorado (R$ 1,5 mil e R$ 2,2 mil, respectivamente).
Veja o texto na íntegra: Correio*