Mais de 2,3 mil bolsistas do CNPq podem não receber bolsa a partir deste mês

“Essas bolsas vão desde o pesquisador sênior, aquele reconhecido internacionalmente, com seus laboratórios, até os meninos de Ensino Médio, que estão aprendendo a pesquisar e tendo um estímulo para a carreira de pesquisador”, enfatizou a vice-presidente da SBPC, Fernanda Sobral

Mais de 2,3 mil pesquisadores baianos podem ficar sem receber suas bolsas a partir deste mês. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão responsável pelo financiamento, informou na semana passada que só tem dinheiro para o pagamento dos mais de 84 mil bolsistas em todo o Brasil até agosto – esse dinheiro deve ser depositado até sexta-feira (6).

A situação de uma das principais agências de fomento da pesquisa científica brasileira foi diretamente afetada pelas restrições orçamentárias do governo federal. O CNPq sofre com um déficit de R$ 330 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), ao qual é subordinado.

Este ano, tanto o CNPq quanto a Capes, agência subordinada ao Ministério da Educação (MEC), já tinham anunciado que não concederiam novas bolsas. O CNPq chegou a suspender editais. Só que, agora, é a primeira vez que bolsas já existentes são ameaçadas.

Na Bahia, a maior parte dos pesquisadores está vinculada à Universidade Federal da Bahia (Ufba). De acordo com o Mapa de Investimentos do CNPq, pelo menos 1.218 bolsistas da instituição podem ficar sem receber.

As bolsas são de diferentes valores e modalidades: vão da Iniciação Científica Júnior (R$ 100), destinada a estudantes de ensino médio, até as mais conhecidas, como as de mestrado e doutorado (R$ 1,5 mil e R$ 2,2 mil, respectivamente).

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