Participantes destacam temas discutidos na Reunião Regional da SBPC em Palhoça

A unidade de Pedra Branca da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Palhoça (SC), recebeu de 5 a 8 de outubro, a Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), um evento de divulgação científica, aberto e gratuito para toda a comunidade. Com o tema central sobre ‘Cidades e Sustentabilidade’, o evento teve mais de 1.700 inscritos, porém este número deve ser maior, já que o evento era aberto ao público e as atividades tiveram transmissão on-line, inclusive para os mais de 70 polos da universidade em todo o Brasil.

O evento, que teve mais de 1700 inscritos, foi realizado de 5 a 8 de outubro na Unidade Pedra Branca da Unisul, em Palhoça (SC)

A unidade de Pedra Branca da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Palhoça (SC), recebeu de 5 a 8 de outubro, a Reunião Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), um evento de divulgação científica, aberto e gratuito para toda a comunidade. Com o tema central sobre ‘Cidades e Sustentabilidade’, o evento teve mais de 1.700 inscritos, porém este número deve ser maior, já que o evento era aberto ao público e as atividades tiveram transmissão on-line, inclusive para os  mais de 70 polos da universidade em todo o Brasil.

Para Helena Nader, presidente da SBPC, esta edição foi marcada pela excelência dos debates na programação científica e a presença mais intensa de temas relacionados à inovação tecnológica. “Foram exposições e debates qualificados. Contribuiu para isso o fato de em Santa Catarina haver várias empresas industriais inovadoras, como a WEG e a Embraco, que participaram da Reunião e nos mostraram que empresas brasileiras podem fazer P&D com elevada qualidade”, disse. 

Nader destacou que o tema escolhido para esta edição vai ao encontro do projeto de aproximar a pesquisa que se faz na Universidade do desenvolvimento social e econômico local. “Uma cidade voltada para o desenvolvimento de parques tecnológicos, inovação; para trazer a pessoa para morar perto do trabalho, que é um novo conceito”, disse.

A presidente da SBPC também ressaltou as atividades da SBPC Educação. Para ela, a realização da atividade, que integra a Reunião Regional, certamente resultou em contribuições importantes para os professores da rede pública de Palhoça e municípios vizinhos. “Ajudamos a intensificar e diversificar as discussões sobre temas que são sempre caros para o sistema educacional”, enfatizou.

Aproximação com a comunidade local

Já o vice-presidente da SBPC, Ildeu de Castro Moreira, destacou a característica das Reuniões Regionais, cujos eventos são mais focados nas características e necessidades da comunidade local. “As Reuniões Regionais são muito interessantes, porque permitem que a gente faça um trabalho mais localizado, para um público comum e específico, o que normalmente a Reunião Anual, por ser muito grande, não atinge. A SBPC tem feito estes eventos em vários lugares do País, privilegiando geralmente os professores da educação básica. A escolha de Palhoça, em Santa Catarina, na Unisul, que tem uma infraestrutura muito boa, foi um momento importante”, disse.

Moreira também comemorou o tema e a qualidade das discussões. “Tivemos discussões muito importantes sobre vários temas da ciência brasileira e montamos essa atividade para os morados da região. Temas como desenvolvimento sustentável, sobre a importância de usar a ciência para a melhoria da qualidade de vida, a política científica brasileira. Foi um encontro bastante interessante; quem participou aproveitou muito”, disse.

Para o vice-reitor da Unisul, Mauri Luiz Heerdt, a RR da SBPC contribuiu para que a Unisul realizasse o papel de fato de uma universidade, cuja missão é transformar a vida das pessoas, além de se aproximar mais da comunidade. “Este evento nos ajudou a ficar mais próximo desse objetivo, uma vez que conseguimos atrair pessoas da comunidade, inclusive muitas que não têm acesso à universidade”, disse.

Heerdt também parabenizou a iniciativa e empenho da SBPC em popularizar a ciência, já que as atividades mostram o quanto que a ciência pode contribuir para o dia-a-dia das pessoas. “Os temas foram ótimos. E a popularização da ciência é muito importante. Esse é um ponto alto do evento ao tornar a ciência mais acessível”, disse.

Sessão de pôsteres

Na sessão de pôsteres, que contou com 179 trabalhos apresentados, houve participantes de 15 estados diferentes, incluindo o Distrito Federal. O Estado de Santa Catarina teve o maior número de inscrições (124), seguido do Paraná (10).

SBPC Educação

Para Ana Regina de Aguiar Dutra, professora da Unisul e parte do Comitê Organizador da SBPC Educação, o evento foi um grande espaço para pensar a ciência com a comunidade. Dutra destacou o desafio da Universidade de organizar o evento e a parceria com outras instituições para a realização da SBPC Educação.

“A SBPC Educação convidou outras universidades, estudantes de licenciatura, da pedagogia. Fizemos uma parceria com a Secretaria de Educação do Município de Palhoça, para trazer os professores das escolas para trabalhar conosco. O primeiro dia foi uma mesa redonda, sobre mídia, tecnologias e direitos humanos, já pensando nos temas transversais que precisamos dar conta. No dia seguinte foram 10 oficinas, trabalhando as mesmas temáticas. O evento foi diferente para a universidade e bastante produtivo e nos proporcionou discussões maravilhosas para todos”, disse.

Dia da Família na Ciência

A Reunião Regional encerrou suas atividades com o “Dia da Família na Ciência”, com um dia dedicado à integração entre cultura, ciência e recreação para crianças, jovens e seus familiares.

O engenheiro Elvis Silva e sua esposa Fernanda levaram os filhos Miguel e Cecília para ver a exposição da SBPC Jovem na sexta-feira, e, segundo ele, as crianças gostaram tanto que quiseram voltar no sábado. “É um evento excelente. As pessoas deveriam fazer fila para ver essa exposição”, comentou.

O estudante Lucas Luiz da Silva, de 14 anos, da Escola Básica Frei Damião, conta que essa foi a primeira vez que visitou uma feira de ciências e disse que o que mais chamou a atenção foram os esqueletos de verdade, que ele nunca tinha visto: “Tem coisas que a gente estudou, mas não teve essa exposição para ver o formato, o jeito das cosias. Só tinha visto aquele de plástico, não o verdadeiro”.

Rosimara Vieira Rezende, estudante de 15 anos, também esteve pela primeira vez em um evento de divulgação científica desse tipo. “Tem coisas que é a primeira vez que vejo. Me deu um arrepio até”, contou.

Daniela Klebis e Vivian Costa – Jornal da Ciência