SBPC condena o terror e defende a paz

“Nossa entidade apela então à comunidade científica e acadêmica, aos líderes espirituais e éticos da humanidade, aos governos da América Latina – a única parte do mundo que há muito tempo não conhece guerras externas – para que façam ouvir a voz da paz”, afirma a Diretoria em nota

Leia a íntegra:

SBPC CONDENA O TERROR E DEFENDE A PAZ

A SBPC, indignada com a violência e o terror praticados nos últimos dias no Oriente Médio e preocupada com sua escalada a cada dia, entende que é preciso pôr fim à mortandade na região e promover uma paz com bases sólidas. Repudiamos em termos candentes os assaltos terroristas do dia 7 contra civis em Israel, cometidos pelo Hamas, bem como criticamos os ataques à Faixa de Gaza, onde mais de dois milhões de civis mal sobrevivem, entre o peso de uma ditadura e as bombas de um exército.

As bases sólidas da paz a ser conquistada passam pelo reconhecimento recíproco dos povos do direito à existência, autodeterminação, cultura e território. A Organização das Nações Unidas  (ONU) foi criada em 24 de outubro de 1945, após a Segunda Guerra Mundial, com o reconhecimento pelas nações vitoriosas na guerra ao fascismo da necessidade de leis internacionais para promover os direitos humanos, assim como de um fórum regulatório e de diálogo que evitasse a escalada dos conflitos mundiais e, por consequência, o desrespeito a esses direitos.

Os países líderes mundiais têm contribuído para tornar a ONU inoperante na intermediação para a resolução dos conflitos e, especificamente, para a promoção do diálogo entre os povos da Palestina e de Israel. A descrença em um fórum internacional para a reivindicação de direitos é usada como justificativa para os atos terroristas, e os atos terroristas servem por sua vez de justificativa para as limpezas étnicas.

Este é o momento de deter a escalada da violência, que corre o risco de ultrapassar as fronteiras regionais e ampliar a guerra pelo mundo. É preciso que as nações líderes mundiais fortaleçam a ONU. É preciso que todas as nações se unam, para acudir o povo de Gaza ante a emergência humanitária que se instalou na sua região. É preciso promover e exigir o diálogo, para que o Estado da Palestina e o Estado de Israel encontrem bases de coexistência pacífica para seus povos.

Nossa entidade apela então à comunidade científica e acadêmica, aos líderes espirituais e éticos da humanidade, aos governos da América Latina – a única parte do mundo que há muito tempo não conhece guerras externas – para que façam ouvir a voz da paz.

Diretoria da SBPC

 

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Jornal da Ciência