SBPC lamenta a morte do neurocientista Ivan Izquierdo

Professor titular da PUC-RS, era considerado um dos maiores especialistas em fisiologia da memória no mundo

Foto: Gilson Oliveira - ascom PUCRS/Divulgação

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) expressa profundo pesar pelo falecimento do neurocientista, professor e sócio da entidade Ivan Izquierdo ocorrido nesta terça-feira, 9 de fevereiro. Ele era considerado um dos maiores especialistas em fisiologia da memória do mundo.

Professor titular de Neurologia e coordenador do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Izquierdo se graduou em Medicina pela Universidade de Buenos Aires (1961), concluiu o doutorado pela mesma universidade em 1962 e o pós-doc no Brain Research Institute da UCLA (1962-1964)

O argentino, que deixou seu país por motivos políticos em 1971, colaborou durante 55 anos nas principais agências de fomento do Brasil e várias do exterior. Fundou e dirigiu o centro de Memória da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde atuou de 1970 a 2003. Em função de sua aposentadoria, transferiu-se para a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), onde fundou o Centro de Memória da instituição.

É membro de diversas Academias de Ciências no Brasil e no mundo, dentre elas, a Academia Brasileira de Ciências, a National Academy of Sciences (USA). Recebeu mais de 30 importantes prêmios nacionais e internacionais, inclusive a maior comenda civil brasileira, Grã-Cruz, concedida pela Ordem de Rio Branco (em 2007). Izquierdo é Doutor Honoris causa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pela Universidade Nacional de Córdoba. O cientista coleciona vários prêmios científicos, dentre eles, o Prêmio em Ciências da Fundação Conrado Wessel (2008) e o Prêmio Almirante Álvaro Alberto (2011).

O neurocientista e diretor da SBPC, Sidarta Ribeiro, lamentou a morte de Izquierdo e ressaltou seu legado. “O professor Izquierdo foi uma figura extremamente importante na neurociência brasileira depois que se tornou brasileiro, após vir fazer pesquisas e trabalhar no Brasil. Ele é responsável por muitas gerações de pesquisadores e neurocientistas.”

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