SBPC parabeniza Maria Manuela Carneiro da Cunha pelo Prêmio Almirante Álvaro Alberto

“A SBPC, além de parabenizar à agraciada pela honraria, também lhe agradece pela sua contribuição às Ciências Sociais, pela sua compreensão da importância dos saberes tradicionais ao lado dos saberes científicos e pela sua defesa intransigente dos povos indígenas”, diz a Diretoria da entidade

Leia a íntegra da nota:

A diretoria da SBPC parabeniza a professora e pesquisadora Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha, que foi a agraciada do ano de 2021 com o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia, na área de Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.  Foi com muita alegria que a SBPC recebeu essa notícia, em se tratando de uma sócia atuante da SBPC , sua conselheira de 1993 a 1997, tendo participado de várias comissões e GTs, contribuindo ademais para a proposta da SBPC para a Constituinte, no que concerne ao tópico referente aos direitos das populações indígenas, questão que até hoje é seu objeto de estudo e de luta.

Maria Manuela foi inicialmente graduada em Matemática, pela Faculdade de Ciências de Paris, em 1967, e doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, em 1976, tendo-se especializado em Antropologia, atuando em temas relacionados a etnologia, etnicidade, história e direitos dos índios, escravidão negra, conhecimentos tradicionais e teoria antropológica. Maria Manuela é autora de doze livros, entre eles, alguns premiados com o Jabuti, com o prêmio da Biblioteca Nacional e com o da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). A pesquisadora é professora titular aposentada do Departamento de Antropologia, da Universidade de São Paulo (USP), e professora emérita da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Ao longo de sua atuação docente, Maria Manuela formou mais de trinta mestres e doutores e, em 1986, fundou, na USP, o Núcleo de História Indígena e do Indigenismo.  Em sua trajetória profissional, a pesquisadora recebeu várias distinções, como a Ordem do Mérito Científico na Classe Grã Cruz, a Légion d’honneur da França, a medalha Roquette-Pinto, concedida pela Associação Brasileira de Antropologia, e a medalha da Francofonia, da Academia Francesa. Em 2018, Maria Manuela recebeu o Prêmio de Excelência Gilberto Velho para Antropologia, concedido pela ANPOCS.

Desde o início do presente ano, a SBPC publica  no seu site a obra Povos Tradicionais e Biodiversidade no Brasil – Contribuições dos Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais para a Biodiversidade, Políticas e Ameaças, sob a sua  coordenação e de Sônia Barbosa Magalhães (UFPA) e Cristina Adams (USP) . A obra é uma síntese das contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil para a geração e conservação da biodiversidade além de outros serviços ecossistêmicos. Também avalia as políticas públicas que os afetam, positiva ou negativamente, e os conflitos e ameaças a que estão sujeitos. A pesquisa traz ainda avaliações e recomendações de órgãos internacionais acerca de compromissos assumidos pelo Brasil.

A SBPC, além de parabenizar a agraciada pela honraria, também lhe agradece pela sua contribuição às Ciências Sociais, pela sua compreensão da importância dos saberes tradicionais ao lado dos saberes científicos e pela sua defesa intransigente dos povos indígenas.

Diretoria da SBPC