Volume 13 da Coleção “Povos Tradicionais e Biodiversidade” está disponível no portal da SBPC

A nova seção reúne capítulos que tratam das principais ameaças aos povos indígenas, comunidades tradicionais e populações locais, a partir de diferentes perspectivas. Publicação pode ser acessada gratuitamente

WhatsApp Image 2024-09-06 at 15.47.36A SBPC lançou nesta sexta-feira, 06 de setembro, o volume 13 da obra Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”.

A Seção 13 reúne capítulos que tratam de algumas das principais ameaças que afetam, ou potencialmente podem afetar, povos indígenas, comunidades tradicionais e populações locais, a partir de diferentes perspectivas disciplinares (Direito, Análise Institucional, Geografia e, ainda, questões referentes às mudanças climáticas) e de diferentes modos de exercício político. Os temas tratados situam-se em diferentes escalas e níveis, desde problemas e processos de ordem global, como as mudanças climáticas, ou regionais, como o avanço da frente de desmatamento na Amazônia, até seus efeitos no nível local. Boa parte das ameaças têm sua origem no arcabouço institucional formal, seja através da formulação de leis e políticas públicas que retiram direitos adquiridos ou criam novas regras desfavoráveis, seja através de mudanças nos arranjos de governança que colocam em risco a robustez institucional que garante esses mesmos direitos e o funcionamento do aparato público de apoio aos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.

A obra completa, com 17 seções, tem coordenação de Manuela Carneiro da Cunha (USP e Univ. de Chicago), Sônia Barbosa Magalhães (UFPA) e Cristina Adams (USP).  Segundo as coordenadoras do projeto, o estudo compõe um acervo importantíssimo, não só para os tomadores de decisão, mas também para os povos tradicionais e cientistas de muitas áreas.

Trata-se de uma síntese das contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil para a geração e conservação da biodiversidade, além de outros serviços ecossistêmicos; das políticas públicas que os afetam positiva ou negativamente e dos conflitos e ameaças a que estão sujeitos. A pesquisa traz ainda avaliações e recomendações de órgãos internacionais acerca de compromissos assumidos pelo Brasil também são repertoriados.

O trabalho é resultado de uma encomenda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), viabilizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), complementado pelo apoio de um doador que quis ficar anônimo e, ainda, com contribuição da Plataforma Brasileira de Serviços Ecossistêmicos (BPBES).

Dirigida a tomadores de decisão de todos os níveis, a obra segue as orientações da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). “O objetivo é reunir e resumir o conhecimento atual referenciado por fontes acessíveis ao público”, enfatizam as coordenadoras do projeto.

Confira abaixo a estrutura básica da obra, dividida em 6 partes e 17 seções, cada uma com um número variável de capítulos:

Povos Tradicionais e Biodiversidade no Brasil. Contribuições dos Povos Indígenas, quilombolas e Comunidades Tradicionais, para a biodiversidade, Políticas e Ameaças.

PARTE I. TERRITÓRIOS E DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

PARTE II. CONTRIBUIÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS À BIODIVERSIDADE

PARTE III. POLÍTICAS PÚBLICAS DIRECIONADAS AOS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

  • SEÇÃO 9. INCENTIVOS AO USO DA TERRA E À PRODUÇÃO
  • SEÇÃO 10. POLÍTICAS EDUCACIONAIS, DE SAÚDE E DE PROTEÇÃO SOCIAL

PARTE IV. POLÍTICAS PÚBLICAS QUE AMEAÇAM OS POVOS INDÍGENAS, QUILOMBOLAS E COMUNIDADES TRADICIONAIS

PARTE V. AVALIAÇÕES INTERNACIONAIS

PARTE VI. PESQUISAS INTERCULTURAIS

Jornal da Ciência