Professores da Unisc testam veículo para pesquisas na Antártida

Batizado de MTA/BIOS 2, em alusão ao mestrado em Tecnologia Ambiental e ao curso de Ciências Biológicas da Unisc que criaram o equipamento, seguiu para o continente Antártico, no dia 27 de setembro, o primeiro veículo rádio controlado para estudo de campos de vegetação na Antártica com mínimo impacto. Participaram dos testes os professores do Departamento de Biologia e farmácia da Unisc, Jair Putzke e Marisa Terezinha Lopes Putzke.
Batizado de MTA/BIOS 2, em alusão ao mestrado em Tecnologia Ambiental e ao curso de Ciências Biológicas da Unisc que criaram o equipamento, seguiu para o continente Antártico, no dia 27 de setembro, o primeiro veículo rádio controlado para estudo de campos de vegetação na Antártica com mínimo impacto. Participaram dos testes os professores do Departamento de Biologia e farmácia da Unisc, Jair Putzke e Marisa Terezinha Lopes Putzke.
O equipamento foi testado próximo ao Aeroporto Tenente Marsh do Chile, com o apoio de equipes da Marinha, da Aeronáutica e do Exército que acompanhavam a expedição. Também participou do voo a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da ciência (SBPC), Helena Nader. Os testes foram realizados com sucesso, mas adequações serão necessárias no retorno ao Brasil, em especial em algumas peças que não resistiram ao frio, já que em fevereiro o equipamento parte para um teste na Ilha Hardley – Antártica, onde será utilizado por 45 dias em pesquisas sobre vegetação. 
Nos testes realizados nesta etapa, foram verificadas como as diferentes partes se comportavam frente a temperaturas diferentes, em especial na relação revestimento/painel/solar/módulos de força e de geração de imagens. Foram testados, ainda, diferentes módulos de baterias menos poluentes para avaliar sua capacidade de manter os sistemas funcionando, assim como a geração de energia do painel fotovoltaico, que se mostrou muito eficiente, mesmo com o tempo nublado, nevasca, frio e falta de insolação direta. 
A geração foi maior do que a testada em Punta Arenas, no sul do Chile, a sol pleno, antes da ida para a Antártida. Também foi avaliado todo o sistema de captação de imagens e de transmissão sem fio, o que permitirá que a equipe fique distante da área do veículo e receba dados completos do campo para mapeamento. 
Segundo o professor Jair Putzke, com mais alguns ajustes nos meses que antecedem a próxima viagem, utilizando-se da estrutura dos laboratórios do curso de Ciências Biológicas e do mestrado em Tecnologia Ambiental da Unisc, o equipamento estará pronto para permanecer mais tempo no verão antártico e aos poucos ser cada vez mais autossuficiente. “Espera-se com este equipamento também se aproximar mais de aves como pinguins, petrel gigante e a skua antártica, além de focas e lobos marinhos, sem que estes sejam afetados ou estressados, pois pretende-se preparar o rover, deixando-o totalmente camuflado para o trabalho do próximo verão, podendo nos aproximar sem causar pânico nos diversos animais que compõem o sistema antártico”, salientou.