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Universidades federais e sindicatos lançam manifesto contra cortes de verba

Reitores de universidades federais, professores e representantes de sindicatos lançam nesta sexta-feira (10) um manifesto contra os cortes no orçamento e por mais verbas para a educação pública. "As universidades federais, que produziram uma grande expansão no ensino superior nos últimos anos, têm um grande desafio para consolidar a expansão com qualidade", afirmou a reitora da Unifesp Soraya Smaili, criticando a redução dos repasses para as federais no início de 2015 na abertura do Fórum em Defesa da Educação Pública.
Nos primeiros meses do ano, as federais tiveram um corte de 30% em seus repasses devido à necessidade de ajuste fiscal
Reitores de universidades federais, professores e representantes de sindicatos lançam nesta sexta-feira (10) um manifesto contra os cortes no orçamento e por mais verbas para a educação pública.
“As universidades federais, que produziram uma grande expansão no ensino superior nos últimos anos, têm um grande desafio para consolidar a expansão com qualidade”, afirmou a reitora da Unifesp Soraya Smaili, criticando a redução dos repasses para as federais no início de 2015 na abertura do Fórum em Defesa da Educação Pública.
Nos primeiros meses do ano, as federais tiveram um corte de 30% em seus repasses devido à necessidade de ajuste fiscal. Em diversas instituições, os resultados foram atrasos em bolsas de estudo, suspensão de serviços terceirizados, como a limpeza, e cortes em financiamento de eventos e pesquisa. 
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O texto de apresentação do Fórum destaca o aumento dos aportes do governo federal em programas de inclusão no ensino superior privado simultâneo à redução do orçamento público. O valor gasto pelo governo federal com o Fies aumentou 13 vezes em quatro anos, chegando a R$ 13,7 bilhões no ano passado. 
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“Estamos aqui reunidos em defesa da educação pública porque evidentemente há um ataque à universidade pública”, sublinhou o professor da Unicamp Plínio de Arruda Sampaio Jr.
O manifesto pede a liberação urgente e sem cortes do orçamento de educação e da saúde, expansão do ensino superior público, aprovação da contratação de professores e de técnicos-administrativos e aplicação prioritária dos 10% do PIB em educação, como prevê o Plano Nacional de Educação.
O manifesto será lançado no período da tarde com assinatura de reitores de federais, do Andes-SN (sindicato de professores), da Fasubra (sindicato de técnicos), e da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), entre outras entidades.