Nos próximos dias, o Acre realiza ao menos quatro grandes eventos. Do dia 22 a 27 de julho, o estado sedia, pela primeira vez, a Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A tradicional Expoacre terá início no dia 26 de julho e vai até 3 de agosto. Em seguida, a recepção da comitiva peruana de educação do dia 10 a 15 de agosto e por fim o Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (Medtrop) será do dia 26 a 30 de agosto. Para atender a demanda, a Secretaria de Turismo e Lazer oferece um curso de qualificação para esses profissionais.
“Esse curso abrange desde a prática, princípios, técnicas de condução, até interpretação ambiental. Além da postura profissional e atendimento ao cliente”, explica a chefe de divisão de qualificação turística da Secretaria de Turismo e Lazer (Setul), Luciana Rufino.
Até representantes indígenas têm participado dos cursos oferecidos para acolher os turistas que devem visitar o Acre durante este período. É o caso de Txanâ Ibiâ Kaxiná, que ressalta a importância dessa iniciativa.
“Muita aprendizagem, muitos detalhes, muito reforço na parte do turismo. É importante que a gente se prepare para receber isso também dentro das terras indígenas.”
O curso, que começou esta semana, se estende até quinta-feira (17), com a duração de quatro dias, será finalizado com uma atividade prática. O objetivo maior é capacitar profissionais para receber os participantes desses grandes eventos, mas o conhecimento e as novas ideias de empreendedorismo também são alvos dessa iniciativa.
A engenheira florestal Sara Pinheiro é apaixonada por viagens e por isso resolveu construir um hostel em Rio Branco. Ela aproveita o curso para amadurecer seus conceitos sobre o turismo. “Eu tenho conhecimento na prática, porque eu viajo pelo mundo todo. O curso para mim é importante para me dar uma base, um certificado e me permite interagir com as pessoas”, destaca.
Os novos negócios são bem vindos, mas, para a professora do curso, ainda falta qualificar a mão de obra para o mercado. “A gente não consegue achar profissionais que estejam aptos a idar com o turista da maneira adequada”, explica Luciano Rufino.
E é por esse motivo que Ronnie Jarude, que é guia de turismo há 10 anos, ressalta a capacitação e a reciclagem constante. “É um mercado que está sempre se transformando e temos que a acompanhar as tendência do mercado”, destaca.