SBBiotec anuncia Rede Nacional de Biotecnologia

A Sociedade Brasileira de Biotecnologia (SBBiotec) lançou no dia 14/11 a Rede Brasileira de Biotecnologia da área acadêmica que reunirá, no mesmo sistema eletrônico, todos os cursos de pós-graduação em Biotecnologia do País. A proposta é mapear todo o setor acadêmico ligado a essa área, como trabalhos de alunos em laboratórios universitários, registros de patentes depositadas, dentre outros. O projeto foi anunciado pela SBBiotec no último dia de realização do 5º Congresso Brasileiro de Biotecnologia, em Florianópolis, que aconteceu entre os dias 10 e 14 de novembro.

O projeto foi anunciado durante o 5º Congresso Brasileiro de Biotecnologia, em Florianópolis, na semana passada
 
A Sociedade Brasileira de Biotecnologia (SBBiotec) lançou na última quinta-feira (14) a Rede Brasileira de Biotecnologia da área acadêmica que reunirá, no mesmo sistema eletrônico, todos os cursos de pós-graduação em Biotecnologia do País. A proposta é mapear todo o setor acadêmico ligado a essa área, como trabalhos de alunos em laboratórios universitários, registros de patentes depositadas, dentre outros.
O projeto foi anunciado pela SBBiotec  no último dia de realização do 5º Congresso Brasileiro de Biotecnologia, em Florianópolis, que aconteceu entre os dias 10 e 14 de novembro.
 
Antes de anunciar a rede nacional no evento, o presidente da SBBiotec , Luiz Antônio Barreto de Castro, informou que a proposta é reunir sob o mesmo guarda-chuva todos os cursos de pós-graduação ligados à Biotecnologia. Como exemplo, citou as especializações em Bioquímica e Genética que são hoje, apesar de não serem registrados com se fossem de Biotecnologia,  ligados à área.  “A ideia é organizar o setor acadêmico da área de Biotecnologia”, disse.
 
Com a criação da rede, estima Castro, o número de cursos de especialização em Biotecnologia registrados na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) deve mais do que dobrar, passando de 48 para 100 cursos de pós-graduação.
 
A proposta atende aos anseios da área acadêmica de Biotecnologia pelo fato de dar mais visibilidade e sinergia aos trabalhos desenvolvidos nos laboratórios universitários perante a indústria de tal segmento. “Queremos que o setor acadêmico seja visível para a indústria”, disse.
 
Segundo Castro, a indústria de Biotecnologia poderá acessar na rede nacional dados dos melhores cérebros do Brasil. “A empresa que procura um bom profissional em células-tronco, por exemplo, poderá acessar dados de todos aqueles que estiverem fazendo mestrado e doutorado na área.”
 
Integração
A proposta da Rede Brasileira de Biotecnologia é integrar todas as redes regionais distribuídas pelo País, concentradas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A ideia é atender também as regiões Sul e Sudeste, onde a maioria das empresas de Biotecnologia (80%) está situada.
 
No Brasil, o primeiro projeto criado no Nordeste foi a Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio) há cerca de sete anos, sob a influência de sistemas da Califórnia (EUA), que possui 40 instituições de ensino cadastradas e que se dividem em 10 núcleos destinados à  formação de doutores.  Existe também a Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte), criada com o mesmo propósito da Renorbio.
Há também a Rede do Centro-Oeste.
 
Para Castro, dentre as vantagens da Rede Brasileira de Biotecnologia é o atendimento às demandas nacionais. “Precisamos de um sistema que seja possível realizar um levantamento da Biotecnologia de todo o Brasil”, disse.
 
Sinergia nacional
Na avaliação da professora Paula Lenz Costa Lima, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), instituição que coordenou o primeiro curso de pós-graduação em rede, pela Renorbio nos seus primeiros anos de vida, a Rede Brasileira de Biotecnologia não anulará os projetos regionais. “As redes regionais vão continuar, talvez seja criada a do Sul também. Agora, com a rede nacional, todos os cursos de pós-graduação poderão interagir entre si, como publicações, registros de patentes, facilitando os projetos em conjunto”, disse ela que também estava no evento.
 
(Viviane Monteiro/ Jornal da Ciência)