20 anos da Lei 10.639: ideia de uma cultura superior tem que ser superada, afirma relatora da regulamentação

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Ciência Especial, Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva afirma que o mais importante no ensino de relações étnico-raciais não é tanto o conteúdo, mas a capacidade de dialogar com os distintos grupos sociais

petrolinaNeste dia 9 de janeiro se completam exatamente 20 anos da aprovação da Lei 10.639/03 que instituiu a obrigatoriedade do estudo da História e Cultura da África e Afro-brasileira no âmbito dos sistemas de ensino da edu­cação nacional. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro mandato, a Lei foi regulamentada no ano seguinte pelo Conselho Nacional de Educação (CNE/CP 003/2004).

Para celebrar a data, o Jornal da Ciência especial traz uma entrevista exclusiva com Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, relatora da regulamentação.

Primeira mulher negra a compor o Conselho Nacional de Educação, Gonçalves e Silva é nascida em Porto Alegre, no bairro Colô­nia Africana, em 1942. Professora emérita da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ela é licenciada em Letras e Francês (1964), possui mestrado em Educação (1979) e é doutora em Ciências Humanas – Educação (1987) pela Univer­sidade Federal do Rio Grande do Sul.

Na entrevista ao Jornal da Ciência, ela apre­senta sua visão sobre a difícil marcha da luta antirracista no País. Confira os princi­pais trechos na nova edição do Jornal da Ciência Especial e ouça o episódio T4#4 – África-Brasil na escola do podcast O Som da Ciência, que traz mais sobre o tema.

Janes Rocha – Jornal da Ciência