Jayme cobra empenho da Petrobras para exploração do gás na Bacia do Parecis

O senador Jayme Campos (DEM-MT) cobrou da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) e da Petrobras maior empenho para a exploração do gás da Bacia dos Parecis, em Mato Grosso.

O senador Jayme Campos (DEM-MT) cobrou da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) e da Petrobras maior empenho para a exploração do gás da Bacia dos Parecis, em Mato Grosso. “Não adianta ganhar a licitação e não fazer nada para explorar o gás. É preciso que haja alguma movimentação por parte da Petrobrás, sobretudo porque é uma região que poderá produzir gás suficiente não só para atender Mato Grosso, mas todo o Centro-Oeste do Brasil”, disse o senador.

Jayme Campos criticou ainda os leilões feitos pela ANP para exploração do gás nessa região. “Foram feitos alguns leilões. Entretanto, a Petrobras ganhou, sentou-se nessa concessão, nesse contrato, e não levou à frente. Eu entendo que tem que acabar essa monopolização, essa cartelização por parte da Petrobras, colocando um braço, uma mão em todo e qualquer leilão que haja aqui no Brasil através da ANP”, declarou.

O senador citou audiência pública que participou hoje na Comissão de Infraestrutura (CI), em que esteve presente a diretora geral da ANP, Magda Chambriard. “Um dos questionamentos que fiz foi: por quanto tempo a Petrobras poderá ficar sentada nesses contratos? Ela me disse que por 8 anos: 5, praticamente, já se foram, e mais 3 estarão vencendo. Então, é fatal, é importante dar uma solução para essa região, que tanto necessita de novas fontes de energia”, enfatizou.

Jayme Campos, no pronunciamento, destacou ainda o fato de o Brasil contar com reservas da ordem de 500 trilhões de pés cúbicos de gás de xisto em terra – maiores, inclusive, que as reservas do pré-sal – das quais o Ministério de Minas e Energia autorizou a oferta em leilão de 240 blocos de áreas para exploração. “É imperioso estarmos em alerta constante quanto aos riscos ambientais acarretados pelo processo de extração, bem mais complexo que aquele utilizado na exploração do gás natural”, afirmou.

De acordo com o senador, a extração segura do gás de xisto é mais difícil do que a do gás natural, pelo fato de que enquanto este se armazena nos espaços entre as rochas, o primeiro se retira do interior das mesmas, o que pressupõe o uso de uma tecnologia de fratura, com explosões hidráulicas, a partir da injeção de produtos químicos, podendo ocasionar vazamentos e contaminar a água doce.

Em seu pronunciamento, Jayme Campos observou que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e a Academia Brasileira de Ciências enviaram carta à presidente Dilma, no início do mês, “pedindo que seja sustada a licitação de áreas de exploração do gás de xisto anunciada pela ANP.” Os cientistas também temem, afirmou Jayme Campos, que a própria captação de água usada na técnica resulte em concorrência com outros usos preferenciais, como o abastecimento humano.

(24 Horas News) – http://www.24horasnews.com.br/m440570/jayme_campos_cobra_empenho_da_petrobras_para_explorao_do_gs_na_bac.html