A luta contra o colonialismo científico

Nova edição do Jornal da Ciência Especial, com a cobertura completa da Reunião Regional da SBPC no Piauí, em março, traz debates sobre arqueologia, paleontologia, educação, mudanças climáticas e muito mais

JC_803_capaA paleontologia brasileira celebra duas vitórias este ano: o provável retorno do fóssil de dinossauro Ubirajara Jubatus e a inclusão de fósseis na Lista Vermelha de Objetos Culturais Brasileiros em Risco do Conselho Internacional de Museus (ICOM).

Retirado ilegalmente do país nos anos 1990, Ubirajara ainda está no Museu de História Natural de Karlsruhe, na Alemanha. Mas de acordo com o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), que está encarregado da negociação com o governo alemão em torno do material, deve chegar em junho ao Brasil.

Se de fato se concretizar, a volta de Ubirajara será o desfecho de um episódio considerado divisor de águas na paleontologia mundial, caracterizada por séculos de tráfico de fósseis do Sul para o Norte Global. “É uma vitória dos paleontólogos brasileiros contra o colonialismo científico”, celebrou o presidente da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP), Hermínio Ismael de Araújo Júnior. A inclusão desse material na lista do ICOM será um instrumento importante para conter a evasão ilegal para o exterior.

O colonialismo científico e os desafios da arqueologia e paleontologia brasileiras foram abordados da mesa-redonda “Território ancestral: desafios nacionais da arqueologia e da paleontologia”, realizada durante a Reunião Regional da SBPC no Piauí. A nova edição do Jornal da Ciência Especial traz a cobertura completa do encontro que reuniu cientistas, professores e pesquisadores em debates sobre este e outros assuntos como educação, mudanças climáticas, gênero, história e muito mais.

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Janes Rocha – Jornal da Ciência