Análise: É preciso focar mais competências do que conteúdo específico

“Há alguns anos, o aluno aprendia algumas ferramentas e dominava alguns conteúdos que iria sempre aplicar na profissão. Hoje, o engenheiro precisa ser mais flexível, ter atitude mais empreendedora”. Artigo de Roseli de Deus Lopes, professora associada da Escola Politécnica USP e membro da diretoria da SBPC

O mundo todo está mudando, tudo está muito mais rápido e conectado. O ensino precisa ser muito mais calcado nas competências que queremos desenvolver do que nos conteúdos específicos e habilidades técnicas que os alunos devem saber. Estamos em uma fase de amadurecer e pensar: quais são essas competências, como desenvolvê-las, como pensar o currículo nessa abordagem? Buscamos uma forma de qualificar o indivíduo para colocar os conhecimentos em prática.

Programas de acreditação dos cursos de Engenharia nos Estados Unidos e na Europa têm procedimentos para observar quais abordagens estão sendo usadas para desenvolver as competências necessárias para fazer engenharia: analisar, comparar, identificar problemas, trabalhar em equipe.

Há alguns anos, o aluno aprendia algumas ferramentas e dominava alguns conteúdos que iria sempre aplicar na profissão. Hoje, o engenheiro precisa ser mais flexível, ter atitude mais empreendedora, não esperar que digam o que deve ser feito e como fazer. Como os problemas são cada vez mais complexos, precisa saber trabalhar em equipe, muitas vezes com pessoas de áreas diferentes, para conseguir resolvê-los. O mundo contemporâneo exige mais flexibilidade.

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