Conheça as jovens cientistas brasileiras destaques do Prêmio Carolina Bori

Vencedoras na categoria “Meninas na Ciência”, Raquel Soares criou uma estratégia alternativa para combater a leishmaniose e Juliana Estradioto elaborou uma membrana biodegradável a partir de uma casca de noz

Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) no fim de 2015. A data tem como intuito valorizar e promover a participação feminina na área científica — e ainda há muito o que ser feito para atingir a igualdade de gênero. O Relatório de Ciência da Unesco publicado em 2021 revela que, no mundo inteiro, apenas 33% dos pesquisadores de ciência são mulheres e a participação feminina em instituições acadêmicas corresponde a 12%.

Mas, pouco a pouco, esse espaço vai sendo cada vez mais conquistado por elas. Uma das iniciativas que promove o trabalho de pesquisadoras do país é o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Criada em 2019, a premiação leva o nome da primeira mulher que presidiu a SBPC e pretende não só homenagear cientistas, mas também incentivar meninas a se interessarem por carreiras científicas.

A cerimônia ocorre anualmente, em duas categorias: “Mulheres Cientistas” e “Meninas na Ciência”. Este ano, o evento acontece nesta quinta-feira (11) e tem como vencedoras em “Meninas na Ciência” a graduanda Raquel Soares Bandeira, de 23 anos, e a estudante Juliana Davoglio Estradioto, de 20 anos. Elas se destacaram por demonstrar criatividade, boa aplicação do método científico e potencial de contribuição com a ciência no futuro.

As campeãs conversaram com GALILEU sobre seus projetos de pesquisa. Confira:

A ciência como cuidado

Raquel Soares estuda enfermagem na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nascida em Cuiabá, ela se considera “mineira de coração” e diz que cultiva o apreço por ciência desde pequena. “Eu ficava maluca quando via personagens em laboratórios em desenhos animados, era fascinada pelas curiosidades científicas que passavam na televisão e um dos brinquedos que mais gostei na infância foi um microscópio”, relata. Anos depois, na faculdade, ela encontrou o espaço ideal que reúne duas das suas paixões. “Amo esse cuidado humanizado baseado em evidências científicas e, ao mesmo tempo, sou muito apaixonada pela ciência”.

Veja o texto na íntegra: Revista Galileu