Educação é um dos principais fatores para o desenvolvimento econômico, afirma Renato Janine Ribeiro

Em entrevista ao programa Mundo Político, da TV da ALMG, presidente da SBPC discute situação atual da política educacional

O ex-ministro da Educação e novo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC), Renato Janine Ribeiro, falou sobre a situação atual da política educacional ao programa Mundo Político, da TV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nessa segunda-feira (16).

Segundo Ribeiro, a educação é um dos principais fatores para o desenvolvimento econômico. “A educação aparece em discussões econômicas em grandes veículos internacionais. Eles dão mais importância a educação do que as taxas de juros, redução de direitos trabalhistas, etc., que são um mantra para uma boa parte de economistas, algumas mídias e empresários brasileiros, que estão errados”, comenta.

Para Ribeiro, o ensino técnico deveria ser mais difundido e lembrou do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “O ensino técnico é importante para o Brasil. E não há oposição nenhuma entre o ensino técnico e superior, já que eles são dois leques diferentes. O maior erro é achar que o ensino técnico é para pobre”, comenta.

Ao comparar o Brasil com países vizinhos, como Chile, Uruguai e Argentina, Ribeiro, Ribeiro cita que eles têm mais jovens na faixa de 18 e 24 anos – idade considerada para estar na universidade – no ensino superior que o Brasil. “Enquanto o Brasil tem apenas 20%, eles chegam a 35%”, afirma.

Outro assunto abordado no programa foi a declaração do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que disse que as universidades brasileiras deveriam ser para poucos. “O ministro está bastante errado quando fala, de certa forma, que está de bom tamanho o ensino superior no Brasil. Não está. Ainda mais quando comparamos a qualidade do ensino superior privado”, afirma Ribeiro.

Para Ribeiro, o MEC precisa é aumentar a formação e qualificação das pessoas, melhorar o ensino superior e cobrar melhorias das universidades privadas que sejam ‘fracas’ e até desativá-las, se for preciso. “Não é fácil porque precisa de força política e disposição”, comenta.

Assista a entrevista na íntegra: Mundo Político/TV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Jornal da Ciência