Escravidão, tráfico e abolição

Especialistas discutem as formas como a luta pela liberdade continuou após a Independência do Brasil

WhatsApp Image 2022-04-28 at 13.54.36Jogos de interesses, comércio ilegal e alta rentabilidade. São muitos os motivos que fizeram com que o regime de escravidão no Brasil permanecesse por mais 66 anos após a Independência, apesar da pressão internacional. O assunto é abordado em um novo vídeo da edição de relançamento da revista Ciência & Cultura, que tem como tema “O Bicentenário da Independência — Povos e Lutas”.

Para discutir esse terrível momento de nossa história, Ynaê Lopes dos Santos, professora do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rafael de Bivar Marquese, professor do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Marcus Carvalho, professor do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e João José Reis, professor do Departamento de História da Universidade Federal da Bahia (UFBA) abordam diferentes aspectos da escravidão, tráfico e abolição no processo da Independência do Brasil.

Segundo Santos, o Brasil era tão dependente da escravidão — e, consequentemente, do tráfico de escravos — que romper esse ciclo foi muito difícil. “Em 1831 nós temos a primeira abolição do tráfico transatlântico, mas logo em 1835, grande parte da oligarquia brasileira, mesmo tendo divergências entre si, acaba fazendo um grande acordo para que o tráfico fosse reaberto na ilegalidade — uma reabertura que vai durar mais 15 anos, quando em 1850 o tráfico é finalmente abolido pela segunda vez no Brasil”, explica.

Assista aqui ao vídeo completo

Jornal da Ciência