‘Estamos vivendo pandemia e pandemônio’, diz ex-ministro José Carlos Dias

Titular da pasta da Justiça na presidência de FHC, ele critica o atual ocupante do posto

O advogado criminalista José Carlos Dias, ministro da Justiça de FHC em 1999 e 2000, discorda que as entidades de direitos humanos, como a Comissão Arns, que preside, só escrevam notas de repúdio frente a casos de graves violações no país.

“É o que nós podemos fazer dentro do limite da nossa capacidade. Estamos incomodando o governo [de Jair Bolsonaro], a verdade é essa”, disse ele, que chama os ocupantes do Palácio do Planalto de “organização familiar criminosa”.

No início da pandemia, a Comissão Arns se juntou à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), à ABI (Associação Brasileira de Imprensa), à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), à ABC (Academia Brasileira de Ciências) e à SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) para formar o que chamaram de Grupo dos Seis.

 As entidades escreveram o Pacto pela Vida e pelo Brasil, com vários pleitos dirigidos ao governo federal, ao Congresso e ao STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo Dias, só houve interloculação com a Corte.

Agora, o grupo organiza o evento online que marca os 72 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos nesta quinta-feira (10). O seminário terá três debates, entre 9h e 12h: um sobre defesa da democracia, outro sobre combate à desigualdade e ao racismo e o terceiro sobre preservação da vida.

Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo