Exonerado por Bolsonaro, ex-diretor do Inpe é premiado por responsabilidade científica

O físico Ricardo Galvão recebeu a distinção da Associação Americana para o Avanço da Ciência por sua defesa ao Inpe e aos dados levantados pela instituição sobre o desmatamento da Amazônia, que levaram a sua demissão em 2019

O físico Ricardo Galvão, exonerado do cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019 após defender os dados de desmatamento da Amazônia gerados pela instituição, foi contemplado nesta segunda-feira, 8, com o prêmio internacional de Liberdade e Responsabilidade Científica.

A láurea foi concedida pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), a equivalente da SBPC nos Estados Unidos, 1 ano e meio após Galvão protagonizar um episódio que despertou o mundo para a devastação que a Amazônia vinha sofrendo no primeiro ano da gestão Bolsonaro.

Quando dados de alertas do Inpe vieram à tona mostrando que a ação da motosserra estava acelerando na região, o presidente afirmou que os números eram mentirosos e insinuou que Galvão estaria “a serviço de alguma ONG”. O pesquisador reagiu, defendeu a ciência produzida pelo Inpe e seus pesquisadores e acusou Bolsonaro, em entrevista ao Estadão, de tomar uma “atitude pusilânime e covarde”.

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